Gardênia explica gastos com drenagem e saneamento de SL

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Cunha Santos / Agência Assembleia
16/08/2011 14h48

Gardênia explica gastos com drenagem e saneamento de SL
Foto original

 

A deputada Gardênia Castelo lembrou, ontem (terça-feira, 16), no grande expediente da Assembléia, que o povo costuma dizer em sua milenar sabedoria, que se a CAEMA deixasse de existir, ninguém notaria sua falta, tal é o estágio de inanição operacional que lhe foi caprichosamente imposto.

A deputada entende que o governo do Estado não pode nem alegar que essa acefalia administrativa não está sendo combatida por falta de recursos financeiros, porque todo mundo sabe que saneamento básico - principalmente água e esgotamento sanitário - é um dos pilares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cuja meta, para o ano passado, foi de atender 86% dos domicílios brasileiros com água potável e 55% com esgoto.

Conforme Gardênia, pode-se até argüir que o cronograma de obras do PAC está atrasado e está mesmo. Porém, é inegável que existe esforço do governo Federal para cumpri-lo e acreditamos que isso irá acontecer.

“ A gente acha mesmo que está faltando é vontade política do governo do Estado para equacionar as graves questões infraestruturais que atrasam o desenvolvimento do Maranhão e que tanto infelicitam o seu povo”, afirmou. “Afinal de contas, o desrespeito ao cidadão não é só na área de saúde: a segurança pública está aí em crise convulsiva e a educação patina na miopia, na arrogância e na insensatez dos seus gestores, para ficar só nestes exemplos”, reforçou Gardênia.

Voltando aos dados do IBGE, a deputada disse que 61,6% dos municípios brasileiros distribuíam água tratada, 6,2% ofereciam água parcialmente tratada e 6,6% entregavam água sem qualquer tratamento. No quesito tratamento d’água, a deputada frisou que o Maranhão aparece novamente como um dos vilões sociais do país, porque trata apenas 21,8% da água que distribui à população e só distribui 57%.

Disse, ainda, que o Maranhão está entre os Estados que concentram os maiores percentuais de municípios brasileiros que não tratam a água distribuída para o consumo humano. O levantamento mostrou ainda que em 1.296 municípios brasileiros ocorriam racionamento d’água, o que representa 23,4% do total. “São Luís surge como uma das grandes vítimas desse esdrúxulo e injustificável racionamento”, disse Gardênia.

Refletindo que os dados do IBGE não são nada alentadores para a população do Estado, a deputada concluiu mostrando que “a Prefeitura Municipal de São Luís está ciente e preocupada com o tamanho desse déficit, e que por isso mesmo vem fazendo sua parte, pois executa um programa de ampliação da rede coletora de esgoto e de distribuição de água potável e retificação de cursos d’água, que com certeza ajudará muito a equacionar os problemas porque passam os moradores da nossa querida capital. E citou as obras de drenagem profunda da Salina do Sacavém, obras do Mercado Central,  obras do centro da cidade, da Vila Arari e Rua Cônego Tavares, no Anil, onde a Prefeitura está mobilizando recursos financeiros no montante de R$ 11,7 milhões.

Gardênia disse, ainda, que nos gastos com saneamento básico, o empenho é também muito grande, já que estão sendo mobilizados recursos financeiros da ordem de R$ 51,6 milhões, destinados à retificação do canal do Cohatrac e do canal do rio Gangan; à construção da rede de distribuição de água do Bacanga, em parceria com o Banco Mundial; ao sistema de água da Cidade Olímpica; aos serviços da Barragem do Batatã; ao sistema sanitário do Coroadinho; a contratação dos serviços de recuperação da estação do Sacavém.

Segundo Gardênia Castelo, estão sendo realizados serviços de canalização, retificação e requalificação urbana do Canal do Coroadinho, com investimentos da ordem de R$ 5,2 milhões e serviços de saneamento básico para a canalização do Córrego Salinas do Sacavém e do Rio das Bicas, com investimentos da ordem de R$ 24 milhões. “Portanto, na área de drenagem e saneamento básico estão sendo realizados obras e serviços que somam R$ 92,5 milhões”, completou.

A parlamentar acrescentou que nunca é demais lembrar que São Luís só conheceu investimentos públicos nesses segmentos, sobretudo em rede de distribuição de água, quando o atual prefeito da cidade era governador do Estado e implantou o Sistema Italuís, e olha que já se foram três longas décadas desde então. “Neste intervalo de tempo, a população dobrou, a cidade se verticalizou, as demandas se multiplicaram e nada mais foi feito”, finalizou.


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