Conclamando o empenho de todos os membros da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) fez um apelo para que se discuta com mais propriedade e de maneira mais abrangente sobre a forma como são feitos os investimentos no Estado, principalmente na área de saúde.
O pronunciamento do parlamentar foi feito na manhã desta quinta-feira (18) e logo no início ele ressaltou que suas palavras não teriam tom acusatório, mas que buscariam uma forma de conciliar os diversos problemas apresentados pela Oposição na Casa e as denúncias chegadas até ele.
“Não me olhem apenas como um deputado de Oposição, mas como um representante do povo maranhense”, disse o parlamentar que não concorda com a decisão da Secretaria de Saúde que teria transferido a clínica médica do Hospital Geral para o Hospital do Ipem. No entanto, esta última unidade de saúde só estaria funcionando com apenas dois dos seis andares, prejudicando ainda mais os já bastante procurados serviços no local. “Eu acho que estas decisões não podem ser tomadas isoladamente”, defendeu.
Evangelista citou o exemplo anunciado pelo governo do Estado, que pretende aumentar de 13 para 35 o número de leitos de UTI’s no Ipem, mas fez ponderações. “É ótimo que isso aconteça. Mas aí temos que trazer essa discussão, porque com certeza vai aumentar também a necessidade de mais recursos humanos para ali trabalhar. Como vão ser colocados esses recursos humanos? Mais uma vez contratados ou terceirizados? Ou será por concurso público? Porque o último concurso público para a área da saúde que teve no Maranhão foi no governo Luiz Rocha, pasmem senhores deputados e senhoras deputadas”, argumentou.
O deputado também comentou que o Centro do Estudante de Medicina, no PAM Diamente, onde os novos profissionais de saúde do estado poderiam colocar em prática o que aprenderam, foi transformado em Centro de Referência ao Atendimento do Hipertenso e do Diabético. No entanto, segundo as informações repassadas ao parlamentar, o centro de atendimento será transformado em clínica médica para atender não mais apenas os servidores públicos estaduais, mas para qualquer pessoa.
Outro fato lamentado por Neto Evangelista é o comunicado encaminhado aos médicos da rede estadual de saúde, para que não mais prescrevam exames, porque o atual laboratório onde são feitos não concordam com os valores propostos pela SES, igualando os valores pagos por estes aos do Sistema Único de Saúde (SUS).
FILA POR ATENDIMENTO
Os problemas relacionados ao sistema estadual de saúde foram corroborados pela deputada Vianey Bringel (PMDB). Segundo a parlamentar, no Hospital Geral existe uma fila de 2000 pessoas esperando para realizar uma cirurgia.
