Evangelista: população denuncia corrupção policial em Zé Doca

icone-whatsapp
Cunha Santos / Agência Assembleia
29/08/2011 19h50

Evangelista: população denuncia corrupção policial em Zé Doca
Foto original

 

Ao registrar audiência da Comissão de Segurança Pública em Zé Doca, o deputado Neto Evangelista (PSDB) disse que a população participou efetivamente do encontro, alguns fazendo colocações e outros preferindo falar isoladamente com a comissão a respeito das polícias do Alto Turi, que é a maior regional do Maranhão, composta de 18 municípios.

 

Evangelista informou que, segundo o secretário-adjunto de Segurança Pública do Estado, será instalada a Companhia Independente da Polícia Militar no município de Nunes Freire, o que é uma solicitação do deputado, para que possa desafogar aquele corredor de 18 municípios cujo comando fica em Zé Doca e o comandado fica em Maracaçumé. “Isso vai fazer funcionar melhor o policiamento daquela região que todos nós sabemos que é uma região muito perigosa”.

 

Foi colocado também pela Secretaria de Segurança que logo após um concurso de mil homens para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, conforme processo licitatório já em curso, será construída a nova Delegacia de Polícia de Zé Doca e criado um posto avançado do Detran.

 

O deputado Neto Evangelista separou três frases ditas por cidadãos que vão constar do relatório da audiência pública: “A polícia para os madeireiros da região não pede nota fiscal, pede nota de R$ 100”. Outro cidadão: “Circula mais de R$ 30 mil por noite no município de Zé Doca com o tráfico de drogas, todos sabem onde ficam as bocas de fumo, será que a polícia não sabe? Outro popular: “Não adianta denunciar, porque para quem a gente denuncia são as mesmas pessoas que também estão envolvidas”.

 

Para Neto Evangelista, se as pessoas estão indo a público fazer esse tipo de denúncia é porque algo de errado está acontecendo naquele município. Foi dito pelo comando que as pessoas encaminhassem essas denúncias à Corregedoria de Polícia para que se abra sindicância. “Só que todos nós sabemos que dificilmente isso irá acontecer”, retrucou o deputado.

 

“Então eu quero hoje neste plenário pedir à Comissão de Segurança Pública da Assembleia que agilize o relatório dessa audiência e que possa enviá-lo à Corregedoria, pedindo abertura de sindicância naquela regional e o que for apurado sirva para que o governo do Estado tome providências”.

 

 Evangelista ainda citou frase de um outro cidadão, colhida em outra ocasião, segundo a qual em Zé Doca quando morre uma pessoa assassinada, outra fica amarrada para morrer no outro dia.

 

O deputado frisou que parece haver o entendimento de que todos os policiais militares e civis que vão para pequenas cidades do interior do Estado estão sendo penalizados, mas a polícia não pode ficar só em São Luís, Imperatriz e Timon, nas grandes cidades do Estado. Em virtude disso, Evangelista propôs que os policiais lotados no interior recebam uma gratificação especial, de forma a prestar serviços de mais qualidade.

 


Banner