Deputado propõe que feira seja considerada Bem Cultural e Imaterial

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Lenno Edroaldo / Agência Assembleia
31/08/2011 13h28

Deputado propõe que feira seja considerada Bem Cultural e Imaterial
Foto original

O deputado Edivaldo Holanda (PTC) protocolou na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa um projeto de lei que considera a Feira da Praia Grande, localizada no Centro Histórico de São Luís, como Bem Cultural Imaterial do Maranhão. O objetivo principal do parlamentar é criar instrumentos legais que assegurem a preservação do logradouro, reconhecidamente importante para o desenvolvimento da capital maranhense. “O local é um pedaço da alma desta Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade”, ressaltou Holanda.

 

O parlamentar acredita que o reconhecimento da antiga Casa das Tulhas, como também é conhecida a Feira da Praia Grande, em bem cultural será de elevada importância não só para a preservação da cultura local, como será um importante instrumento para as comemorações do aniversário de 400 anos de fundação de São Luís, celebrado 8 de setembro de 2012.

 

Edivaldo Holanda também justifica seu projeto de lei por constatar que o atual estado de conservação da Casa das Tulhas não é o mais adequado, necessitando, portanto, de maior atenção. “Não obstante os anos de sua existência e da importância da feira para a história e a cultura de São Luís, ela não tem recebido o tratamento à altura do seu significado para a cidade. É triste constatar que nem todo maranhense tem conhecimento e consciência da importância cultural e turística da feira, para a cidade e o Estado”, argumentou.

 

 

PARA SABER MAIS *

 

Construído no início do século XIX, a Casa das Tulhas era um conjunto de barracas destinadas a celeiro público, local onde o lavrador guardava e vendia os gêneros a serem comercializados. Em 28 de julho de 1855 a Companhia Confiança, com a licença da Câmara de São Luís, demoliu a Casa das Tulhas para erguer em seu lugar o Mercado da Praia Grande, sendo explorado por esta, até 5 de setembro de 1895, ficando a partir de então sob responsabilidade da municipalidade.

 

Formado por uma centena de casas comerciais na parte externa, o mercado possui quatro entradas, sendo a principal pela Rua da Estrela, onde podemos encontrar ao centro da bandeira de ferro aberta em arco, as iniciais CM alusivas à Confiança Maranhense, logo abaixo a data 1861, indicativa da conclusão ou de algum fato importante da conclusão. Internamente possui um espaço amplo e ventilado em forma de quadrilátero com mais de cem pontos de vendas dispostos circularmente onde são comercializados todos os tipos de especiarias.

 

O contraste entre a parte externa e interna do mercado é visível, mas ambas, são sempre procuradas por turistas que ali estão ávidos por conhecer as peculiaridades ludovicenses. Externamente encontram-se lojas, restaurantes, bares requintados, lojas de artesanato e até ateliês; já na parte interna, estão centenas de barracas que comercializam produtos típicos como a cachaça, a tiquira, o fumo de rolo, o camarão seco, aves e outras iguarias maranhenses, além dos bares freqüentados por moradores de áreas próximas da Praia Grande.

 

(*) Fonte: Jornal Cazumbá.


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