Em pronunciamento nesta terça-feira (6), o deputado Jota Pinto (PR) voltou a criticar o atendimento prestado pelos planos de saúde e informou que, após haver conversado com o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MA), Abdon Murad, tomou conhecimento que “a situação é muito mais grave” do que o parlamentar imaginava.
“O grande problema é que os especialistas não estão mais querendo atender os planos médicos”, afirmou, informando que o alvo da denúncia são os planos de saúde e não os médicos ou hospitais.
Jota Pinto afirmou que, embora quando o cidadão assina um termo contratual com as operadoras recebem uma relação com várias especialidades, mas quando vai se consultar, esse médico já suspendeu ou já saiu do plano, mesmo que a lei dizer que tem 30 dias, no mínimo, para que o cidadão seja comunicado da saída. O deputado informou que ficou sabendo do presidente do CRM-MA que nos próximos dias vai haver uma paralisação de advertência da categoria em todo Brasil.
De acordo com Jota Pinto, o presidente do CRM-MA disse também que no Estado do Maranhão a situação é muito mais grave, porque os médicos hoje não quererem atender devido à questão da falta de repasses dos planos médicos, acarretando suspensão de imediato. “Ou seja, hoje se consulta com o médico e no retorno às vezes já está suspenso. Então a situação é complicada”, frisou .
O deputado do PR pediu apoio aos colegas de plenário para um requerimento que vai apresentar e atuar junto à Comissão de Saúde da Assembleia para que seja feita uma grande audiência para discutir, reunindo o Procon, a Promotoria de Defesa do Consumidor, o CRM e as operadoras, o problema.
Pinto voltou a dizer que o problema a ser enfrentado são os planos de saúde e não os médicos. “Para ficar bem claro: não estamos aqui reclamando dos médicos, estamos reclamando dos planos de saúde”, afirmou. O parlamentar disse ainda que no primeiro pronunciamento sobre o assunto que fez, na segunda-feira, não citou nenhum nome de hospital.
“Eu disse que os planos de saúde têm um péssimo atendimento, com o cidadão sendo lesado. O cidadão paga caro o plano médico e não é questão de ter dó de quem paga o plano médico. Temos que respeitar o cidadão, a cidadã e temos que respeitar os termos contratuais. Vamos trazer essa discussão para esta Casa, porque é um assunto de grande importância para a população do Maranhão”, finalizou.
