O deputado Hélio Soares (PP), em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, voltou a defender mais atenção na defesa do homem do campo. Segundo ele, “não se pode falar em desenvolvimento rural, em projetos e programas sociais na área sem, primeiro, regularizar a situação dos agricultores”. Hélio solidarizou-se com os familiares de um agricultor que foi assassinado na região de Serrano do Maranhão.
“Eu que nasci do outro lado do rio e fico profundamente sentido e triste quando vejo esses casos acontecerem não só na minha região, mas no Maranhão. E essa Casa tem a responsabilidade de incluir no seu projeto, na sua administração, essas causas direcionadas diretamente às pessoas que nos cercam. Ai da cidade se não fosse a zona rural! E esses agricultores quilombolas têm que ser tratados com um programa de prioridade dessa Casa e do nosso Estado”, assegurou Hélio Soares.
Hélio também disse que a ocupação do Incra pelos quilombolas não pode fazer o órgão parar. Ele entende que as reivindicações são justas e têm que ser ampliadas. “Os nossos quilombolas merecem todo nosso respeito, mas temos que dar um crédito ao novo superintendente do Incra para dar tempo para que ele negocie essas reivindicações com o superintendente nacional do órgão a fim de que possa dar soluções a essas reivindicações, que são antigas, mas que vêm caminhando ao longo do tempo”, disse.
O parlamentar destacou ainda que essas áreas dos assentamentos realmente necessitam de providências enérgicas para que se possa valorizar esses agricultores e esses quilombola. Segundo Hélio, é preciso contribuir e dar tempo ao novo superintendente de conhecer os problemas dó órgão, que são inúmeros, a começar por indenização de terras, regularização de assentamentos, remanejamento, aos conflitos com posseiros que são de fundamental importância para que o Incra, assim como o Iterma, se envolva.
Hélio Soares pediu atenção do Legislativo Estadual para que interceda nas negociações e possa dar um crédito ao novo superintendente do Incra, a fim de que ele possa ter folga para levar as reivindicações à Direção Nacional e possa resolver esses problema não só dos quilombolas, mas dos agricultores de uma maneira geral.
“A titularização é de fundamental importância e aí presto a contribuição ao meu governo para que tome providências enérgicas com relação ao homem do campo, caso contrário, eles vão continuar engessados sem poder participar dos programas porque não têm a titularização; vão continuar engessados no programa de residência e melhoria de qualidade de vida”, enfatizou ele, afirmando que não pode se falar em reforma agrária sem primeiro começar pela mais importantem que é a titularização dos agricultores.
