O deputado Raimundo Cutrim (DEM) repercutiu nesta quinta-feira (13) o cancelamento do processo licitatório para a duplicação da BR-135. Ele exortou a união de forças entre as bancadas federal (Senado e Câmara) e estadual para, ainda em 2011, reverterem a situação, advertindo sobre o risco de o Maranhão perder verbas do PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento).
Na tribuna, Cutrim citou que o secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, vai a Brasília para cobrar do Ministério dos Transportes uma solução para essa questão.
Diante da perspectiva, ele recomendou que a Mesa Diretora da Casa, antes de tomar qualquer iniciativa, aguarde o resultado desse encontro em Brasília. “Vamos ver em pé está essa situação antes de tomarmos uma posição, porque o que nós não podemos é ficar de braços cruzados”, defendeu.
Durante o pronunciamento, Cutrim avaliou como crítica a situação da BR-135, que ficou conhecida como rodovia da morte. Ao justificar a necessidade de urgência da obra, ele citou que a rodovia é a única a ligação, por via terrestre, entre os municípios que integram a Ilha de São Luís (São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar) e outras regiões do Estado.
Cutrim citou ainda que o cancelamento de licitações de obras do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre) não ocorreu apenas no Maranhão, mas em todo país. Porém, ele destacou que há informações de que em alguns estados as licitações permanecem. Para ele, essa situação é inaceitável, visto que a situação da BR 135 é a mais urgente de todas.
Com relação às obras da BR-135, Cutrim chamou a atenção para o risco que o Estado corre de perder R$ 60 milhões que estão disponibilizados pelo PAC II. “Se não corrermos até o final do ano, vamos perder essa verba”, declarou, acrescentando que estão previstos mais R$ 200 milhões para 2010 e o valor para duplicação da BR-135 está orçado em R$ 200 milhões.
AEROPORTO
Outro pondo abordado na tribuna por Cutrim foi com relação ao estado do aeroporto Marechal Cunha Machado. “É vergonhoso para o nosso Estado ter um aeroporto nessa situação”, comentou.
Cutrim declarou que, assim como a duplicação da BR-135, a reforma do aeroporto vem sendo, ao longo dos anos, “empurrada com a barriga”.
O deputado avaliou que a estrutura do aeroporto deixa a desejar desde a época da sua inauguração. “Já fizeram um galpão”, disse. Para Cutrim, da forma como está sendo executada, a reforma não vai solucionar os problemas. “Vamos fazer o aeroporto da nossa capital digno de receber as pessoas de outros estados, de outros países”, defendeu.
