PPS deve discutir participação no governo municipal, diz Gardênia

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Cunha Santos/Agência Assembleia
18/10/2011 16h50

PPS deve discutir participação no governo municipal, diz Gardênia
Foto original

 

Em resposta a mais um discurso da deputada Eliziane Gama (PPS) criticando a Prefeitura de São Luís, a deputada Gardênia Castelo afirmou na Assembleia que a Assistência Social evoluiu bastante na atual gestão e sugeriu que sua colega parlamentar convoque uma audiência pública com a presença da Secretária de Assistência Social, Roseli Ramos para que, no contraditório, possa ser avaliada a evolução no setor depois que João Castelo (PSDB) assumiu a prefeitura.

 

Conforme Gardênia, na gestão anterior existiam apenas 11 Centros de Referência de Assistência Social, (Cras) hoje são 20 e não estão apenas no papel. A deputada prometeu levar à Assembleia o endereço de cada um deles e, admirando a luta em defesa da criança e do adolescente, registrou, entretanto, que o problema dos menores de rua não se restringe a São Luís, mas atinge todo o Maranhão, “um estado pobre que precisa que esse olhar (da Comissão de Direitos Humanos) se volte para outras cidades.

 

Gardênia entende que Roseli Ramos poderá levar ao Legislativo os números reais e mostrar como evoluiu a política de Assistência Social em São Luís do Maranhão. Citou o projeto “Padrinho Solidário”, em parceria com o Tribunal de Justiça que, segundo ela, vai garantir convivência familiar para jovens que tiveram os laços de sangue rompidos em caráter temporário ou definitivo. A deputada promete levar à Assembléia também os números reais da rede municipal de ensino que também constou das críticas da deputada do PPS.

 

PPS NO GOVERNO

 

Em seguida, Gardênia reportou-se à questão política, abordada por Eliziane Gama, afirmando que o PPS faz parte da administração municipal porque a maioria do Partido assim optou. “Mas se achar que não deve mais fazer parte da administração, isso será respeitado”, afirmou.

 

Segundo parlamentar, as ligações entre o PPS e o PSDB são históricas, são parceiros antigos, de longos carnavais, de longas jornadas. “Isso é tão verdadeiro que o presidente do PPS, Roberto Freire, figura por quem tenho uma grande admiração e respeito por sua luta, deixou Pernambuco, a partir de um grande projeto nacional, e foi eleito deputado com o apoio incondicional do PSDB de São Paulo”, registrou.

 

“A senhora sabe que Roberto Freire não teria condições de deixar sua terra natal e se eleger deputado federal por São Paulo sem o apoio de fato de todos os militantes e da estrutura partidária do PSDB. Por isso eu vejo com naturalidade que o PPS faça parte aqui do governo municipal”, acrescentou.

 

Diante da afirmação de Eliziane Gama de que a participação do PPS na administração nunca foi discutida no partido, Gardênia retrucou: “O que sei é que a senhora esteve ausente dessa discussão, embora ache que não devia ter se ausentado”. Considerando que Eliziane ficou insatisfeita com a decisão partidária, Gardênia sugeriu que ela volte a repor a discussão dentro do PPS que é o foro adequado e não a Assembleia Legislativa.

 

Eliziane afirmou que vai pedir oficialmente a saída do PPS do governo de São Luís se houver candidatura própria. Gardênia considerou que candidatura própria é natural em qualquer agremiação partidária, mas para isso não precisa desconstruir ou tentar desconstruir uma administração que vem lutando muito para recuperar a cidade liquidada pela gestão anterior que teve o apoio integral de Eliziane Gama. “Nunca vi a senhora criticar alguma política municipal no momento em que aqui havia um governo que só se preocupava com a superficialidade, com as aparências, somente com as aparências”, disparou.

 

A deputada do PSDB disse que o governo municipal mudou, mas não é ela quem garante, é o povo que está vendo, que está olhando, que está dizendo. Reafirmou, ainda, que o PPS não foi participar da administração forçado, foi porque quis, de livre e espontânea vontade e que fazer parte ou não da administração João Castelo é uma decisão que deve ser tomada dentro do PPS. “De fato, não dá para participar da administração municipal e ter candidatura própria. Ou uma coisa ou outra”, garantiu Gardênia.

 


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