A audiência pública com a Caema, realizada na Assembleia Legislativa, na manhã da última quarta-feira (9), na finalidade de esclarecer o aumento de 87% imposto sob as contas de água, ainda repercute pela sociedade maranhense.
Depois de aproximadamente seis horas de sessão, a comissão de diretores da Caema admitiu a culpa, sobre o aumento, entretanto justificou o reajuste nas contas, dado ao estado de precariedade em que os dois últimos governos deixaram o órgão.
Durante a sessão, João Reis Moreira Lima travou um debate com diversos parlamentares, fazendo uma pormenorizada explanação sobre as atuais condições de operação da Caema, advertindo que a alternativa de realinhar as tarifas de água e esgotos está prevista no Plano Nacional de Saneamento. Ele frisou que o grande desafio da Caema é alcançar a universalização dos serviços de água e esgoto.
O diretor-presidente da Caema disse ainda que o reajuste pretendido pela Companhia é um dos meios para buscar o equilíbrio entre o custo dos serviços e a receita operacional que, segundo ele, hoje está defasada em cerca de 50%.
Para o deputado estadual Bira do Pindaré (PT), a tentativa de aumentar a conta de água da população maranhense é um absurdo, por considerar os serviços oferecidos à população, extremamente precários.
“O povo maranhense não pode pagar a conta pelos erros e desmandos de quem manda. Somos o Estado mais pobre do Brasil e por isso deveríamos pagar a conta mais barata. Aqui ainda convivemos com o saneamento de água, dia sim, dia não. Isso é um absurdo, não podemos aceitar um aumento tão exorbitante enfrentado uma situação tão degradante”, protestou Bira.
