O deputado Hemetério Weba (PV) utilizou, na tribuna da Assembleia Legislativa, o tempo da liderança para denunciar o desaparecimento do jovem Edvaldo Rocha, de 28 anos, e de mais quatro amigos, na cidade Presidente Médici. Segundo o deputado, os jovens desapareceram depois de serem presos pela Polícia Militar do Estado em uma festa naquele município.
Hemetério Weba disse que Edvaldo Rocha, que tem deficiência mental e ainda mudez e surdez, em um primeiro momento foi levado com os amigos para a delegacia do município de Maranhãozinho, de lá desaparecendo sem ter deixado pistas do seu paradeiro.
Segundo informações dos moradores daquela localidade, uma amiga da família de Edvaldo esteve na cela com o jovem, por volta das 10horas da manhã, e ele ainda estava vivo. Na ocasião, ela pediu que o rapaz fosse solto, por se tratar de uma pessoa com problemas mentais e teria recebido a seguinte resposta de um policial: “só soltaremos ele quando ele falar o que queremos ouvir”.
“Ora, onde já se viu surdo e mudo falar? É um caso que estarrece a todos nós: uma mãe de família pobre, sofredora, aposentada, que tem rodado naquela região toda, colocando [apelos] na internet e até agora não se tem a mínima notícia deste jovem desaparecido”, lamentou o deputado.
De acordo com Weba, depois da repercussão que o fato provocou, a Secretaria de Estado da Segurança enviou peritos para o município de Maranhãozinho, onde foram fazer a perícia na cela do jovem. “Lá já estava tudo lavado, mas quando chegaram ainda encontraram vestígios de sangue em todas as paredes e hoje deve ser concluído esse laudo”, disse Hemetério Weba.
