Deputados da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa visitaram, na tarde desta terça-feira(22), o Santuário Ecológico do Sítio do Rangedor, onde confirmaram as denúncias de danos ambientais à reserva. A visita foi proposta pelo deputado Bira do Pindaré (PT), por meio de requerimento, em resposta às demandas de várias entidades ambientalistas e da sociedade civil, preocupadas com a degradação do local.
A Estação Ecológica do Rangedor foi criada, em 2005, por meio de decreto estadual, com o intuito de preservar a biodiversidade local, bem como proteger as áreas de recarga do aquífero de São Luís. Mas, ultimamente, a reserva - que é uma Áreas de Proteção Permanente (APP) - vem sofrendo com o aumento da degradação e com as ameaças do setor imobiliário, acrescido da possibilidade de ser construído no local um hospital da Prefeitura de São Luís.
Os deputados Bira do Pindaré, Zé Carlos (ambos do PT) e o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Léo Cunha (PSC), demonstraram preocupação com a situação da reserva e reforçaram a luta para que o Santuário do Rangedor continue protegido.
Leo Cunha avaliou a situação como de “degradação total” e que, na função de presidente da comissão de meio ambiente, “vai trabalhar para que a Assembleia encare esse assunto com mais responsabilidade”. Ele lembrou ainda que a questão do Rangedor é uma luta antiga e sem resultados, mas agora “chega de omissão”. Durante a visita, Cunha também defendeu a criação de um Jardim Botânico no Sítio Rangedor.
“Estou impressionado com a riqueza desse lugar, que faz parte de um pedaço de São Luís e pouca gente conhece. Aqui resiste uma parte da fauna e da flora [regional] e precisamos lutar pela preservação para que esse lugar não seja destruído”, disse Bira do Pindaré.
Bira disse que espera que a visita sirva como fonte de inspiração para ideias e propostas, por parte do poder público, para encontrar uma saída para evitar a destruição do local.
Para o deputado Zé Carlos, o Sítio do Rangedor é um pulmão que a cidade de São Luís precisa preservar. Ele também comentou sobre as duas principais ameaças contra a preservação do local: a especulação imobiliária gerada pelas grandes construtoras e a pretensão da Prefeitura de São Luís de construir um hospital de urgência e emergência no Rangedor.
Ainda de acordo com Zé Carlos, dois pontos inviabilizam a construção de qualquer edificação: o primeiro é o impacto ambiental e, no caso do hospital, o local não é o ideal para atender a população almejada.
