O deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B) disse que a presença dos militares na Assembleia é um reflexo dos sentimentos da categoria em busca de melhorias salariais e estruturais. “Até para que possam cumprir a missão constitucional que lhes foi outorgada”, acrescentou.
Rubens Júnior afirmou que informações de assaltos, paralisações e arrastões estão chegando de todos os cantos do Estado, das mais diversas cidades. Para o deputado, tudo isso poderia ter sido evitado se o governo do Estado tivesse apresentado uma proposta aos militares. “Perdemos todos nós. Perde a categoria, perde o governo, perde a sociedade”, lamentou.
O deputado entende que a Assembleia, mesmo não podendo resolver o problema, podia ter construído um diálogo mais forte com a governadora Roseana Sarney que é quem tem a responsabilidade pela solução do conflito.
Garantindo que o Poder Legislativo pode pressionar o Governo, o parlamentar voltou a propor que os deputados não votem o Orçamento Anual do Estado até que se resolva o problema da segurança pública no Maranhão. Segundo ele, o Maranhão permanece no rabo da fila como Estado que menos investe em segurança no país.
Rubens Júnior afirmou que o governo vai agir com truculência e decretar a ilegalidade da greve e a prova disso é que já convocou a Força Nacional. E se perguntou: “Que greve? Nem greve não há; o que há é um movimento de servidores na reivindicação de seus direitos”. O deputado entende que qualquer prazo concedido ao governo a partir de agora deve ser contado em horas, 24 horas no máximo.
No final, Rubens Júnior destacou a postura do presidente Arnaldo Melo (PMDB) considerando que ele se manteve com integridade e independência, abrindo as portas da Assembleia para os servidores públicos e conduzindo os trabalhos neste que é um dos momentos mais importantes da história da Assembleia Legislativa do Maranhão.
