Movimento dos militares é histórico, afirma Bira do Pindaré

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Da Assecom/Gab. do dep. Bira do Pindaré
24/11/2011 13h19

Movimento dos militares é histórico, afirma  Bira do Pindaré
Foto original

 

 

O pronunciamento do deputado estadual Bira do Pindaré (PT) na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (24), emocionou e comoveu todos os parlamentares e militares presentes à galeria da Casa.

 

Bira destacou o ineditismo e a importância da ação dos militares. A paralisação iniciada após a assembleia-geral nesta quarta-feira (23) é o primeiro movimento paredista dos militares na história do Maranhão.

 

“Nós estamos vivendo um momento histórico, pela primeira vez na história do Maranhão servidores militares decidiram se manifestar reivindicando direitos e paralisando as suas atividades. Nunca isso havia acontecido aqui. Portanto temos que ter a capacidade e a serenidade para saber enfrentar esse momento”, frisou Bira.

 

O parlamentar voltou a elogiar a postura de respeito, tolerância e transparência com que os militares trataram a movimentação até o momento. Ele destacou que a manifestação é completamente pacífica e que não houve nenhum ato de vandalismo e depredação nas dependências da Assembleia.

 

Em um momento que vai ficar marcado para sempre na lembrança de quem assistiu o discurso de Bira, na tribuna da Assembleia, todos os presentes ficaram de pé e cantaram emocionados o Hino Nacional do Brasil.

 

Os militares solicitaram que uma proposta do Governo do Estado seja encaminhada ao comando da paralisação e apresentaram um caderno com as seguintes reivindicações: Reposição das perdas salariais de 2009 a 2011; 30% mais TR (inflação acumulada do ano anterior) em cada ano de 2012 a 2015 previsto no PPA (Plano Plurianual); cumprimento do escalonamento transitado e julgado na 4ª Entrância da vara de Fazenda; Fim do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) e implantação do Código de Ética Profissional dos Policiais e Bombeiros Militares; Modificação dos critérios de promoção e reorganização do quadro de oficiais e oficiais especialistas com o quadro de oficiais técnico complementar (QOTC); Definição da jornada de trabalho em 44 horas semanais, adicional noturno e pagamento de hora extra; Anistia a todos os participantes do movimento reivindicatório, inclusive as lideranças do movimento; Eleição do Comandante Geral da PM/BM em uma lista tríplice; Criação de uma Comissão Permanente de Negociação, com a participação de todas as entidades militares.

 

O petista apresentou um comparativo entre os salários da PM do Maranhão e da PM do Rio de Janeiro: “O Maranhão é sétimo colocado em salário no Brasil, de fato na lista aparece assim, mais essa lista é o piso salarial pago em todos os Estados, se você pega nessa lista o Rio de Janeiro é um dos últimos colocados, o salário é de R$ 1. 137, mais, além disso, o Rio de Janeiro, paga R$ 500 de UPP, R$ 450 de Pronasci, R$ 100 de salário família e R$ 700 Proes, Programa Estadual de Integração da Segurança, total R$ 3.000. Esse é o salário do Soldado no Rio de Janeiro”.

 

Bira garantiu que continuará ao lado dos militares nesta luta e que trabalhará para que uma solução seja encontrada o mais rápido possível. Disse ainda que com violência, truculência e enrolação o Governo do Estado não resolve nada. Ele ressaltou que uma proposta do Governo, se apresentada, será analisada pelo comando da paralisação e uma nova postura tende a ser tomada.

 

“Se o governo apresentar uma proposta ainda hoje, eu tenho certeza que essa categoria vai parar para ouvir e vai se posicionar, e vai ter outra postura. Acontece que depois de um ano praticamente, não há nenhuma proposta, nenhuma!”, concluiu.

 


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