Programa em escolas incentiva estudantes a não usarem drogas

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Waldemar Terr
30/11/2011 10h39

Programa em escolas incentiva estudantes a não usarem drogas
Foto original

 

O professor e escritor Filippe Arlem Oliveira Maffra encontra-se em São Luís para falar sobre as vantagens do Programa Escolas Sem Drogas, lançado em 11 Estados e que o deputado Jota Pinto (PR) quer implantar no Maranhão, após a aprovação do projeto de lei de sua autoria, em tramitação na Assembleia Legislativa.

 

Em visita à AL, nesta quarta-feira (30), Maffra contou que é autor do livro pedagógico educacional, “Droga Disfarçada de Estudante” e um DVD que alerta de forma preventiva as famílias sobre os riscos dos filhos usarem drogas.

 

De acordo com Filippe Arlem, programa semelhante ao projeto apresentado pelo deputado Jota Pinto já foi instalado em Estados como São Paulo, Ceará, Amazonas e Rio Grande do Sul.

 

O especialista contou que o problema não é a quantidade de alunos de uma determinada turma que utiliza drogas, uma minoria até mesmo em bairros controlados pelo tráfico, mas a propaganda que os usuários fazem do produto, o que pode puxar novos consumidores maravilhados com os relatos feitos pelos dependentes.

 

Filippe Maffra afirma que a informação sobre o produto é a principal arma dos vendedores, que precisa ser combatida. “Precisamos evitar que os alunos tenham acesso à informação sobre o uso, por conta dos perigos”, garantiu.

 

O especialista disse que é preciso investir em três frentes para evitar que o consumo de drogas se alastre. Primeiro é capacitar os professores, depois realizar seminários voltados para os estudantes alertando sobre os perigos das drogas e em terceiro, trazer as famílias para dentro das escolas, para que atuem conjuntamente para estabelecer ações preventivas. “Precisamos envolver todos os segmentos escolares e a famílias”, afirmou.

 

O deputado Jota Pinto explicou que estava previsto que a Assembleia realizaria, no dia 28, a audiência pública para discutir o projeto de lei Escolas sem Drogas, mas a paralisação dos militares e bombeiros vai obrigar a marcação de nova data. A audiência será coordenada pela Comissão de Educação, reunindo também as secretarias estadual e municipal de Educação e a de Segurança, com o objetivo de dirimir todas as dúvidas a respeito do programa de ação interdisciplinar e de participação voluntária que será implantado na rede pública de ensino.

 

“Essa é uma discussão que esta Casa precisa ter a fim de buscar soluções, já que as escolas hoje estão sendo uma porta de entrada para levar ao jovem diversos tipos de drogas”, disse Jota Pinto, ao abordar há alguns dias o projeto.


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