Militares de outros estados atrapalharam negociações, diz Ribeiro

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Viviane Menezes / Agência Assembleia
05/12/2011 20h15

 

 

 

O líder do governo, deputado Manoel Ribeiro (PTB), afirmou, nesta segunda-feira (5) que o governo do Estado foi traído pelos militares. Segundo ele, estava em estudo, com o consentimento da categoria, uma proposta de nivelamento do subsídio da Polícia Militar ao da Polícia Civil, mas a greve eclodiu em meio às negociações.

 

De acordo com Manoel Ribeiro, um dos líderes do movimento paredista, coronel Ivaldo Barbosa, tinha ciência da intenção do governo e havia sinalizado positivamente para a negociação, consentindo inclusive com prorrogação do prazo, de 23 de novembro para 15 de dezembro.

 

Para Ribeiro, a intromissão de policiais de outros estados atrapalhou o bom andamento das negociações. “Eles [militares] preferiram ir atrás de conversas de outros policiais, que representam Estados onde os policiais ganham muito menos do que aqui e formaram essa bagunça”, declarou.

 

Na avaliação de Manoel Ribeiro essa decisão só prejudicou os militares maranhenses. “Com o reajuste, o salário da Polícia Militar poderia ser igual ao da Policia Civil, mas, no entanto, só vão ter um aumento de 10,4%, a partir de março”, citou.

 

Durante o pronunciamento Ribeiro disse que estava seguro de que a greve estaria suspensa até a data acordada, então decidiu viajar despreocupadamente, como havia planejado há três meses.

 

NEGOCIAÇÕES

 

Na tribuna, Ribeiro lembrou que assumiu o papel de mediador entre a categoria e o governo no dia 8 de novembro, quando os militares realizaram um movimento em frente à sede do Legislativo. “Eles apresentaram três pospostas e eu sugeri uma quarta proposta: equiparar o salário da Polícia Militar ao da Polícia Civil. E eles concordaram”, destacou.

 

Dando continuidade às negociações, Ribeiro disse que o primeiro passo foi levar a proposta ao Executivo. No dia 15 de novembro, o governo determinou que a Secretaria de Planejamento fizesse um estudo sobre o impacto do reajuste sobre a folha de pagamento.

 

A governadora Roseana Sarney então pediu a Manoel Ribeiro que procurasse os líderes do movimento para pedir que eles aguardassem uma resposta final do governo até o dia 15 de dezembro, prazo anteriormente acertado para 23 de novembro.

 

Ao lado do senador licenciado João Alberto (secretário de Estado de Projetos Especiais), Ribeiro disse que telefonou para o coronel Ivaldo e marcou um encontro para as 16h do mesmo dia. Ao encontro compareceu apenas o próprio coronel Ivaldo, que explicou que as outras lideranças não puderam comparecer, mas que ele poderia dar continuidade às negociações. Segundo o deputado, ele aceitou prorrogar o prazo das negociações.

 

“Eu não poderia jamais ficar do lado deles, porque eles quebraram a palavra, quebraram o acordo. Por isso que eu classifiquei como bagunceiros”, declarou Manoel Ribeiro.

 

 


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