Afonso Manoel louva serenidade de Arnaldo pelo desfecho da greve

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Cunha Santos / Agência Assembleia
05/12/2011 21h29

 

 

 

 

O deputado Afonso Manoel (PMDB) contou uma história interessante, nesta segunda-feira (5), na Assembleia, para reconhecer que “o governo errou na condução da greve dos militares e bombeiros do Maranhão”. Segundo ele, quando em campanha, o prefeito João Castelo (PSDB) deparou com uma eleitora que lhe disse: “Eu não voto em ti, saia da minha casa que eu não voto em ti”. A resposta do prefeito foi passar meia hora conversando com aquela eleitora, e quando o parlamentar estranhou Castelo lhe respondeu: “Afonso, às vezes um voto que a gente pede, esse voto satisfeito se multiplica por 1.000, por 10 mil”.

 

Em seguida Afonso Manoel discursou que é amigo da governadora Roseana Sarney, é governo. E acrescentou que o deputado Alexandre Almeida foi  muito sábio quando disse que o que aconteceu no Rio de Janeiro e aconteceu no Maranhão vai acontecer em outros Estados porque os policiais  militares estão se organizando nacionalmente.

 

Para Afonso Manoel, faltou por parte do governo, do qual faz parte com muito orgulho, na hora em que começou um pequeno fio de rebelião, sentar e conversar. “Nós tínhamos que ter a humildade de conversar; se houvesse essa humildade, como teve o senador João Alberto oito dias depois, as coisas teriam sido resolvidas de um modo diferente”, afirmou Afonso Manoel.

 

O parlamentar ainda disse que sendo governo queria assumir o erro e, dirigindo-se a Roseana Sarney, “governadora, o bom amigo é aquele que fala a verdade”. “Houve um erro do governo do qual faço parte, nós demoramos a sentar e conversar”, repetiu.

 

Em seguida, Afonso Manoel declarou que não precisa do deputado Arnaldo Melo, pois é deputado como ele, mas tinha que dar um depoimento. Considerou que Arnaldo Melo foi imparcial o tempo todo, pois o governo reclama porque o presidente não devia permitir a presença dos militares na Assembléia e a oposição reclama da interdição das sessões plenárias.

 

“Então vocês vêm a imparcialidade do presidente. Ele não agradou ao governo nem à oposição”, acrescentou. E invocou como testemunha o deputado Tatá Milhomen para a frase que disse: “Olha, se tentarem tirar algum companheiro policial daqui vai haver sangue”.

 

Para Afonso, Arnaldo tinha que suspender as sessões. E revelou que Arnaldo Melo casou a filha dele no sábado e na segunda-feira já estava na Assembléia. “Na terça-feira quando cheguei aqui, encontrei o presidente com a cabeça arreada na Mesa, sem condições sequer de falar”. O deputado acha que Marcelo Tavares deve rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria por não estar sendo presidente na hora dessa confusão. Para ele, Arnaldo Melo foi corajoso e não assistiu a nenhum dos lados, apenas usou o bom senso. E finalizou afirmando:

 

“Temos primeiro que louvar a Deus, porque não houve sangue; temos que louvar o papel da Polícia Militar que num último gesto de grandeza não deixou um único papel nos jardins da Assembléia; louvar o senador João Alberto, que foi destemido e louvar o presidente Arnaldo Melo que em nenhum momento perdeu a serenidade”.

 


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