Livro sobre Talidomida será lançado na Assembleia, nesta terça

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Da Assecom/Gab. da dep. Eliziane Gama
07/02/2012 10h44

 

Será lançado em São Luís o livro “Atravessando Fronteiras: Talidomida, a impunidade continua”, da autora Rosângela Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida (ABVT). O lançamento será nesta terça-feira (7), às 17h, no Plenário Gervásio Santos (Plenarinho).

 

Apesar de o consumo ter sido proibido em 1961, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Talidomida continua sendo produzida no Brasil. A droga, usada no tratamento da hanseníase, Aids, câncer, doenças de pele e reumatológicas, causa deformações em bebês em gestação.

 

Rosângela Nascimento nasceu em 1961, em Itaúna (MG), e é mais uma das vítimas da Talidomida no Brasil. Em seu livro, que está sendo lançado em vários estados, a autora revela parte de sua vida desde os primeiros instantes em que a sua mãe, ainda gestante, começou a tomar a medicação Sedalis, para o tratamento de enjôos, prescrita pelo seu médico. Por conta do uso do remédio, Rosângela nasceu com deformidades físicas.

 

O livro que será lançado nesta terça-feira, em São Luís, é a história real de uma vida de lutas contra a indiferença pública e a omissão oficial. O comunicador social e escritor Carlos Morici, que prefaciou a obra, revela que Rosa Azul, como Rosângela é chamada, “teve a graça de nascer no ventre de uma mulher forte que a preparou para se inserir na sociedade do belo, apesar de suas amputações”.

 

Rosângela Nascimento é presidente da Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida (ABVT) e o que mais chama atenção em seu livro livro - que não é apenas um depoimento emocionante e emocionado de uma vítima - é a sua incessante luta contra o uso da Talidomida, pois há registro de que  continuam nascendo pessoas amputadas em todo o mundo.

 

De acordo com informações da ABVT, há denúncias de que, no Maranhão, nasceram duas vítimas recentemente. Os dados oficiais falam que no Brasil há cerca de 700 vítimas, mas Rosângela estima esse número em cerca de 15 mil. O mais grave é que a droga pode atingir até a terceira geração de uma família, como é demonstrado em seu livro.

 

A vinda de Rosângela ao Maranhão é para compartilhar a guerra silenciosa, travada nos bastidores da vida, além de investigar e denunciar o uso da Talidomida no Estado.

 

 A AUTORA

 

Rosângela Nascimento preside a Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida desde 1990. Durante a sua gestão, tem buscado a união de todas as vítimas com o objetivo de lutar pelos seus direitos junto ao Governo brasileiro e entidades internacionais, cobrando maior controle da Talidomida por parte dos órgãos públicos e esclarecendo pessoas no sentido de evitar que a droga continue a causar mais deformações em crianças.

 

 


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