Eliziane Gama participa de lançamento de livro sobre Talidomida

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Marcelo Vieira / Agência Assembleia
07/02/2012 19h59

Eliziane Gama participa de lançamento de livro sobre Talidomida
Foto original

A deputada Eliziane Gama participou na tarde desta terça-feira (7), no Plenário Gervásio Santos (Plenarinho), do lançamento do livro “Atravessando Fronteiras: Talidomida, a impunidade continua”, da autora Rosângela Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida (ABVT). A ex-deputada Helena Barros Heluy também prestigiou o evento.

 

A deputada elogiou o livro, que tem como objetivo alertar e informar a população sobre o perigo do consumo da Talidomida para a saúde. A droga, quando administrada em mulheres em gestação, é responsável pela má formação do feto, causando, em sua maioria, a mutilação de membros.

 

Apesar de o consumo ter sido proibido em 1961, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Talidomida continua sendo produzida no Brasil. A droga, usada no tratamento da hanseníase, aids, câncer, doenças de pele e reumatológicas, causa deformações em bebês em gestação.

 

Rosângela Nascimento nasceu em 1961, em Itaúna (MG), e é mais uma das vítimas da Talidomida no Brasil. Em seu livro, que está sendo lançado em vários Estados, a autora revela parte de sua vida desde os primeiros instantes em que a sua mãe, ainda gestante, começou a tomar a medicação Sedalis, para o tratamento de enjôos, prescrita pelo seu médico. Por conta do uso do remédio, Rosângela nasceu com deficiência física.

 

Rosângela Nascimento é presidente da Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida (ABVT) e o que mais chama atenção em seu livro - que não é apenas um depoimento emocionante e emocionado de uma vítima - é a sua incessante luta contra o uso da substância, pois há registro de que  continuam nascendo pessoas amputadas em todo o mundo, vítimas da Talidomida.

 

 De acordo com informações da ABVT, há denúncias de que, no Maranhão, nasceram duas vítimas recentemente. Os dados oficiais falam que no Brasil há cerca de 700 vítimas, mas Rosângela estima esse número é bem superior, cerca de 15 mil. O mais grave é que a droga pode atingir até a terceira geração de uma família, como é demonstrado em seu livro.

 

 A vinda de Rosângela ao Maranhão é para compartilhar a guerra silenciosa, travada nos bastidores da vida, além de investigar e denunciar o uso da Talidomida no Estado.

 

  A AUTORA

 

 Rosângela Nascimento preside a Associação Brasileira de Vítimas da Talidomida desde 1990. Durante a sua gestão, tem buscado a união de todas as vítimas com o objetivo de lutar pelos seus direitos junto ao governo brasileiro e entidades internacionais, cobrando maior controle da Talidomida por parte dos órgãos públicos e esclarecendo pessoas no sentido de evitar que a droga continue a causar mais deformações em crianças.


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