Problemas no atendimento e cobertura dos planos de saúde e também na rede pública foram destacados durante pronunciamento da deputada Eliziane Gama (PPS), na manhã desta quinta-feira (16).
A deputada relatou a preocupação com a saúde no Maranhão e disse que acredita que as problemáticas dos planos de saúde são um crime contra o cidadão, já que muitos planos estão descredenciados nos hospitais privados da cidade e quem tem um plano não tem a garantia de atendimento.
“Quero deixar aqui minha indignação com este problema na rede de planos de saúde. Isso é inaceitável, porque com saúde não se brinca, saúde é prioridade absoluta”, enfatizou.
Eliziane observou que quem tem plano de saúde passa por problemas. E a situação é ainda mais agravante para quem depende da saúde pública.
“Se aconteceu no Hospital Santa Lucia que é referência nacional, imaginem o que não acontecem nos hospitais da rede pública pela falta de equipamento, falta de estrutura, entre outras situações. Há problemas dessa natureza no país inteiro e a gente sabe que a saúde pública no Brasil é algo preocupante, e no Maranhão não é diferente”, ressaltou.
A parlamentar disse que muitas vezes o médico fica sem ter como exercer seu papel por causa da falta de estrutura e assegurou que é preciso oferecer condições dignas de atendimento.
“O médico fica em uma situação que ele não sabe o que faz, porque não tem estrutura, não tem leitos, as pessoas ficam nos corredores. Isso é uma questão de dignidade humana. Nenhum governo pode existir sem dar prioridade à vida das pessoas, e os hospitais públicos estão em estado de calamidade”, lamentou.
Na tribuna, a deputada exemplificou a situação, citando que tem fotografias do Hospital Socorrão II que mostram um dos banheiros da unidade com uma cratera cheia de baratas.
“Tenho essas fotografias no meu celular. A situação é absurda! São paredes caindo em cima dos pacientes que estão ali, e nenhuma ação foi feita até o presente momento”, denunciou.
Ela finalizou o discurso dizendo que a questão da saúde não é partidária, mas refere-se à dignidade humana e à responsabilidade do poder público.
“Quero deixar aqui o meu repúdio, em primeiro lugar, à ação criminosa dos planos de saúde e ao mesmo tempo a falta de compromisso da gestão pública com a saúde pública do Estado do Maranhão”, afirmou.
