Raimundo Louro entrega relatório sobre situação do aeroporto

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Waldemar Têrr / Agência Assembleia
28/02/2012 15h30

Raimundo Louro entrega relatório sobre situação do aeroporto
Foto original

 

O deputado Raimundo Louro (PR), ex-presidente da Comissão de Obras e Serviços da Assembleia Legislativa, entregou, nesta terça-feira (28), ao plenário e à Mesa Diretora da Casa, relatório sobre o estudo feito pela comissão com relação às obras de recuperação do terminal de passageiros do aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís.

 

O documento servirá de base para que a Assembleia Legislativa, por iniciativa do presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), volte a cobrar da Infraero celeridade no término das obras, cuja lentidão prejudica milhares usuários.

 

Além de cópia do relatório detalhado, Raimundo Louro aproveitou a sessão plenária para fazer um resumo do trabalho executado enquanto esteve à frente da Comissão de Obras, durante todo o ano passado. O deputado relatou, por exemplo, que no dia 20 de dezembro de 2011 a Comissão promoveu a última visita ao aeroporto Marechal Cunha Machado, com o objetivo de acompanhar as obras de recuperação do terminal de passageiros, interditado desde março de 2011.

 

Raimundo Louro disse que, na ocasião, a Comissão foi representada por ele e pelo deputado Carlos Amorim (PDT), que se reuniram com o superintendente da Infraero, Hildebrando Correia, e Carlos Pinheiro, engenheiro responsável pelas obras do aeroporto. Segundo ele, Hildebrando Correia e Carlos Pinheiro forneceram informações e responderam aos questionamentos dos parlamentares.

 

O RELATÓRIO

 

O relatório apontou que os problemas do aeroporto foram detectados no início de 2011, por ocasião da instalação do sistema de climatização, idealizado para ser sustentado pelas estruturas espaciais, mas logo os técnicos responsáveis descobriram a fragilidade da estrutura ameaçada de desmoronar, por conta de acúmulos de água de chuva no teto, como constatou a perícia realizada.

 

“As deficiências da estrutura foram originadas de erros tanto na concepção de cálculos quanto da execução de material utilizado no projeto. A interdição do terminal de passageiros seguiu-se em período bastante crítico, com ocupação do setor administrativo do aeroporto e a improvisação de tendas para atendimento ao usuário, sem proteção sequer contra chuvas. A precariedade do serviço era tamanha, que despertou uma justa ira da população maranhense contra a Infraero, materializada em ações movidas pelo Ministério Público e audiência realizada por esta Casa”, lembrou.

 

De acordo com o deputado do PR, a Infraero “ensaiou algumas respostas”, como a substituição das tendas por um sistema estruturado de módulos de lona com cerca de 900m², climatização e colocação de assentos, sanitários, e esteiras de restituição de bagagens para embarque e desembarque, além disso, prometeu início imediato das obras, que seriam concluídas ainda em setembro, mas, ao contrario do anunciado, as obras só se iniciaram no final de agosto, resultando no prolongamento da interdição do terminal de passageiros, causando danos nocivos aos seus usuários e ao Estado.

 

O ex-presidente da comissão lembrou que, por conta disso, a Assembleia Legislativa, através da Comissão de Obras e Serviços Públicos, redobrou sua preocupação com o encaminhamento das obras, promovendo uma reunião com representantes da Infraero no dia 28 de setembro de 2011, com vistas a obter esclarecimentos sobre o ocorrido e na ocasião. Então, o órgão justificou o atraso em razão do fracasso dos primeiros pregoes realizados, que previa a entrega do novo terminal de passageiros em até 150 dias.

 

Raimundo Louro revelou que as visitas da comissão se sucederam, mas a empresa contratada pela Infraero não terminava as obras dentro do prazo preestabelecido, continuando assim a prejudicar a população e tornando o aeroporto o pior do país.

 

REUNIÃO

 

Ao término do pronunciamento, o presidente da Assembleia solicitou que Raimundo Louro, na condição de ex-presidente da Comissão de Obras, reúna-se com os atuais membros e que também participe ativamente da Comissão, para ajudar na elaboração “de um documento sucinto que possa respaldar a Mesa da Casa para nós tomarmos as nossas medidas cabíveis”.

 

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