O deputado Neto Evangelista (PSDB) declarou, na manhã desta quinta-feira (1º), que são cada vez mais fortes as evidências da falta de planejamento do Governo do Estado na área da saúde.
“Somente para citar um exemplo, que considero preocupante, faço este questionamento: qual é hoje o destino do servidor público estadual, que perdeu o seu hospital de referência, que é o Hospital do Ipem? É ir para o Socorrão? O que nós acompanhamos, cada vez com mais preocupação, são ações da Secretaria de Saúde sem planejamento, ações que atropelam tudo aquilo que um dia já foi discutido pelo estado do Maranhão”, frisou Neto Evangelista.
Ele acentuou, em seu discurso, que considera megalomaníaco o projeto que prevê a construção de 72 hospitais no Estado e observou que os prefeitos dos municípios do interior do Estado vão ter enormes problemas e dificuldades com a manutenção destas novas unidades de saúde.
Até agora, segundo Neto Evangelista, apenas seis hospitais desses 72 já foram entregues: “Salvo engano, vai ser inaugurado o sexto, agora em Santo Antônio dos Lopes. Isso foi prometido lá em 2009 na metade do ano. E se continuarmos nesse ritmo de inaugurações desses hospitais, os 72 hospitais vão terminar de ser inaugurado daqui há 30 anos. Olha que vergonha! Olha que falta de planejamento na saúde pública aqui no Estado do Maranhão. 300 anos! Muitos de nós nem vão mais estar aqui, por conta da lei natural da vida”, declarou Neto Evangelista.
O deputado Marcelo Tavares (PSB), em breve aparte, observou que agora o Governo do Estado faz o anúncio na televisão de que dos 72 hospitais 12 serão hospitais estaduais e 60 serão hospitais municipais. “Então o que se vê é que o governo já está no exercício de passar para os municípios o custeio desses hospitais. Então eu sei quem não vai pagar: é o Estado. Quem vai pagar eu não sei ainda”, frisou Tavares.
O deputado Antônio Pereira (DEM), em aparte que lhe foi concedido, disse que advirão recursos do SUS para os 72 hospitais que estão sendo construído.
“Esses recursos serão muito mais da fonte 121, mas nós sabemos que o sistema de financiamento no Brasil, do SUS, esse grande plano de saúde, o maior do mundo é o SUS, no mundo não existe nada parecido com o que o SUS é hoje no Brasil. O custeio é tripartite e quando se diz que um hospital vai ser colocado para um determinado município e o prefeito não aceita eu fico triste, porque o prefeito tem que ter a responsabilidade também não só nas outras questões, mas na questão de saúde também. E é uma responsabilidade inclusive constitucional”, destacou Antônio Pereira.
