O deputado Othelino Neto (PPS) chamou a atenção dos colegas de plenário, na sessão desta segunda-feira (23), para a importância da segunda votação, pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, da proposta de reforma do Código Florestal, que retornou modificada do Senado.
O parlamentar lembrou que na primeira votação, em maio de 2011, foi considerada uma das mais sérias derrotas do governo Dilma, com os partidos, da oposição aos governistas, votando massivamente favoráveis às modificações promovidas na Lei 1.965.
O deputado disse que Democratas, PCdoB, PMDB e PRB votaram integralmente na proposta de alteração do Código Florestal; e outros partidos tiveram a votações divididas, com ampla maioria, a favor do texto que visa modificar o Código.
Othelino Neto afirmou que o partido dele, o PPS, acabou ficando dividido, após a bancada ter sido liberada, e ressaltou a coerência do Partido Verde, uma vez que a sua bancada votou integralmente contra a proposta, além do PSOL.
O resultado teria mostrado a formação de uma ampla maioria a favor das modificações. Até o PT dividiu-se acentuado inclinação pelo sim, que derrotava os ambientalistas e principalmente o Governo Dilma.
“Ocorre que nem sempre as maiorias estão corretas, esta é uma das circunstancias em que parlamento parece afastar-se da pulsão da sociedade e do ritmo dos tempos. É notória a crescente preocupação global com a crise ambiental geral, no qual o local está submerso. É visível a tendência de que a precaução, a prevenção, a reparação e a proteção ambiental, direitos consagrados na Carta de 88 como inerentes à cidadania, sejam garantidos e ampliados”, criticou.
Disse também que, “é notável o açodamento dos setores que sempre se aproveitaram da destruição do ambiente natural sem retorno social”.
O parlamentar informou que apoia algumas posições que estão colocadas no debate e que não confere integralmente a estes posicionamentos partidários, “mas requer uma maior atenção, para que o debate se trave com ponderação e a decisão seja tomada em beneficio do bem comum e o interesse da presente e das futuras gerações”.
Explicou que se referia em primeiro lugar ao posicionamento da comunidade cientifica nacional, expressado reiteradamente pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência que, aliás, está ultimando os preparativos para a realização na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís, de encontro com o tema “Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para enfrentar a pobreza”.
