O deputado Raimundo Cutrim (PSD) criticou, na manhã desta terça-feira (8), o Sistema de Segurança Pública do Estado, apontando falhas no esquema oficial de enfrentamento da violência e da criminalidade no Maranhão.
Além de relatar fatos que considera graves distorções na área policial, Cutrim fez ainda duros questionamentos sobre o trabalho desenvolvido pelo secretário de Segurança, Aluísio Mendes.
“O nosso Sistema de Segurança Pública vai de mal a pior. E a tendência, do jeito que vai, é acabar com o Sistema de Segurança Pública. Hoje, no Maranhão, a segurança acabou, não existe aqui na grande São Luis, nem no Estado todo, porque ninguém acredita mais no Sistema de Segurança Pública. O nosso sistema acabou. E acabou por que? Porque falta comando na cabeça do sistema”, afirmou Cutrim.
Citando reportagem publicada no” Jornal Pequeno”, Cutrim declarou que há registros de que os casos de crimes de encomenda – como o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido na Avenida Litorânea, no dia 23 de abril passado - estão aumentando nos últimos meses no Maranhão.
Ele foi enfático ao afirmar que os índices de violência e criminalidade estão crescendo em todo o Estado em razão da falta de credibilidade do Sistema de Segurança Pública.
“Nós temos um secretário de Segurança, hoje, sem credibilidade, sem conhecimento profissional da pasta”, enfatizou Cutrim.
Em seu discurso, ele frisou ainda que é contra a idéia de criação da CPI da Pistolagem, proposta pelo deputado Bira do Pindaré (PT).
“Não vejo motivação para a instalação de uma CPI dessa porque o Sistema de Segurança Pública é que é apropriado para este tipo de investigações. Nós não precisamos hoje de uma CPI; nós precisamos hoje no Maranhão é que o sistema tenha um secretário que tenha credibilidade. O nosso sistema acabou. Isto é uma realidade e eu desafio qualquer pessoa vir aqui me contestar, tanto pode ser do governo como de oposição. O problema todo é que o Sistema de Segurança Pública do Maranhão está fragilizado”, ressaltou Cutrim.
Ao encerrar seu discurso, Cutrim fez questão de frisar a sua intenção de contribuir, com críticas construtivas, para a melhoria do sistema de combate à criminalidade.
“Eu não quero ser secretário de Segurança”, enfatizou o deputado.
“Agora, que o sistema não funciona, não funciona. Então, nós como deputados, como representantes do povo, nós não podemos ficar omissos de fatos dessa natureza. Porque a tendência é cada vez piorar. E eu não estou pedindo segredo para ninguém, estou simplesmente dizendo o que penso. Eu falo o que penso, de acordo com a minha consciência, pois foi assim que sempre pautei a minha vida”.
