A presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputada Eliziane Gama(PPS), visitou, na tarde desta quarta-feira(9), os canais da rua da Vala, no João Paulo, da Macaúba e da Areinha, que formam verdadeiras calhas de esgoto a céu aberto. Um dos objetivos da visita foi observar de perto a degradação causada ao meio ambiente por esses canais, que jogam todos os dias milhares de metros cúbicos de esgoto no Rio Bacanga.
Além de poluir o Rio Bacanga e degradar o meio ambiente, os canais de esgoto a céu aberto também revelam um problema de saúde pública e o descaso do poder púbico com a política de saneamento básico.
De acordo com Domingos Marques, morador da rua da Vala há mais de 30 anos, o canal é problema que nunca foi solucionado pelo poder público e os moradores têm que conviver com o mal cheiro e doenças que afetam principalmente crianças e idosos.
A deputada Eliziane Gama disse que vai solicitar, por meio de requerimento, informações da Caema, que é a responsável pelo esgotamento de todo Estado, e cobrar providências para solução do problema. Ela disse ainda que vai propor à Caema que não cobre a taxa de esgoto dos moradores em tono desses canais de esgoto.
RECURSOS DO BANCO MUNDIAL
Em 2007, o então prefeito Tadeu Palácio conseguiu quase 150 milhões de reais com o Banco Mundial. Parte desse recurso deveria ser investido em políticas de saneamento básico e preservação do meio ambiente.
Segundo o ambientalista Márcio Mendonça, a realidade das Bacias do Bacanga e do Rio Anil mostra que não foram feitos os investimentos efetivos nesses setores que comprovassem a aplicação do montante destinado. “Ninguém sabe como esse dinheiro está sendo aplicado, como se pode perceber com a condição desses canais de esgoto a céu aberto, que contaminam, todos os dias, as águas limpas dos rios Bacanga e Anil”.
A deputada Eliziane Gama disse que vai pedir, junto à prefeitura de São Luis, informações sobre como está sendo aplicado e onde estão os quase 150 milhões de reais do Banco Mundial.
