A presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputada Eliziane Gama (PPS) destacou na manhã desta quinta-feira (10) a visita da comissão aos canais e valas de São Luís ocorrido na tarde de quarta-feira (9), e também as providências e encaminhamentos que serão tomados.
Eliziane Gama acompanhada por alguns ambientalistas e representantes de movimentos em defesa de meio ambiente, visitaram aos canais da Rua da Vala, no João Paulo, da Macaúba e da Areinha, que formam verdadeiras calhas de esgoto a céu aberto.
“São Luís paga esgotamento sanitário, consumo de água, e além da água ser escassa, o esgoto não existe. As famílias daquele entorno pagam por um serviço que não é prestado e o que é muito mais sério, elas estão totalmente expostas a todo tipo de contaminação”, destacou.
Entre os objetivos da visita está a observação da degradação causada ao meio ambiente por esses canais, que jogam todos os dias milhares de metros cúbicos de esgoto no Rio Bacanga.
Além de poluir o Rio Bacanga e degradar o meio ambiente, os canais revelam um problema de saúde pública e o descaso do poder púbico com a política de saneamento básico. A deputada disse que voltará a falar sobre o assunto de forma mais aprofundada.
“É grande a preocupação referente à questão da saúde pública dos moradores do entorno, tanto da Macaúba I e II, e das demais valas aqui de São Luís a céu aberto, esgoto in natura, crianças, idosos extremamente vulneráveis a contaminação”, lamentou.
ENCAMINHAMENTOS
Na tribuna a deputada informou que a comissão fará vários encaminhamentos para pedir providências e disse que solicitará a Assembleia analise de laboratório.
“Quero pedir a Assembleia que disponibilize uma análise de laboratório para que venhamos pelo menos ter o controle ou pelo menos saber quais os tipos de contaminantes que aquelas famílias estão expostas”, reforçou.
A deputada disse que vai solicitar, por meio de requerimento, informações da Caema, que é a responsável pelo esgotamento de todo Estado, e cobrar providências para solução do problema. Ela disse que vai propor à Caema que não cobre a taxa de esgoto dos moradores em tono desses canais de esgoto.
Eliziane Gama falou que solicitará à Prefeitura de São Luis, informações sobre a aplicação dos quase 150 milhões de reais do Banco Mundial direcionados desde 2007 e em que parte do recurso deveria ser aplicado em políticas de saneamento básico e preservação do meio ambiente.
