A Comissão de Saúde da Casa se reuniu na tarde desta terça-feira (15), na Sala das Comissões, para mais uma rodada de negociações com representantes de hospitais particulares da capital, da Sociedade de Pediatria e do Ministério Público da Infância e do Adolescente, com o objetivo de restabelecer o atendimento de pediatria de urgência e emergência nos hospitais da rede privada, em São Luís.
Na segunda reunião, realizada no mês de abril, os representantes de hospitais justificaram a suspensão do atendimento, alegando falta de profissionais com especialidade em pediatria. Segundo a sociedade de pediatria, o número de pediatras na capital atende ao estabelecido pela Organização Mundial de Saúde(OMS), que é de 1 pediatra para cada 5 mil habitantes.
Ainda na reunião passada, o promotor Márcio Thadeu entregou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para ser analisado pelos representantes dos Hospitais. Na reunião de hoje, eles voltaram a afirmar que não existe pediatras suficientes para normalizar o atendimento de urgência e emergência, segundo dados fornecidos pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MA). Mesmo assim, comprometeram-se em encontrar uma saída para impasse no prazo de até 120 dias.
O promotor Márcio Thadeu informou que vai aguardar mais esse tempo para que o atendimento seja normalizado, caso contrário irá tomar as providências cabíveis via judicial.
Para Expedito Bacelar, dono do Centro Médico, o melhor a ser feito é uma ação conjunta do CRM, das associações de especialidades e dos hospitais para regular os atendimentos de pediatria nos hospitais da rede particular.
O presidente da comissão, deputado André Fufuca (PSD), disse que as reuniões estão sendo produtivas e elogiou a postura dos representantes dos hospitais, que vem demonstrando total boa vontade na solução do impasse.
O parlamentar informou ainda que na próxima terça-feira acontece outra reunião, desta vez com a presença do CRM e dos Planos de Saúde.
Participaram da reunião, o promotor Márcio Thadeu (da Infância e do Adolescente), representantes de hospitais particulares e da Associação de Pediatria do Maranhão e a deputada Valéria Macedo (PDT).
