Em pronunciamento na sessão desta quinta-feira (24), o deputado Raimundo Cutrim (PSD) defendeu que a Assembleia Legislativa crie uma comissão especial, para atuar junto à Prefeitura de São Luís, ao Sindicato dos Motoristas e à Justiça do Trabalho, no sentido de buscar uma solução que ponha fim à greve dos motoristas de ônibus da capital.
Cutrim disse que a paralisação da categoria chegou a uma situação crítica e que a população não aguenta mais não ter transporte para se locomover para o trabalho ou outros afazeres.
Raimundo Cutrim contou que recebeu ligações de lideranças da Cidade Olímpica, dizendo que, diante da situação crítica, estão recorrendo e colocando para funcionar vans, com a finalidade de suprir a ausência dos coletivos.
O parlamentar do PSD criticou a postura do prefeito João Castelo (PSDB), por haver declarado à imprensa que a Prefeitura não tem nada a ver com as negociações entre patrões e empregados, que devem ser entre as duas partes e a Justiça Trabalhista.
“Quando vemos uma autoridade dando uma declaração nesse sentido, ficamos preocupados”, lamentou. “E a população, como fica?”, perguntou.
SEM SEGURANÇA
O deputado voltou a tecer críticas também ao Sistema de Segurança do Estado e acusou o secretário Aluisio Mendes, de não ter o comando do sistema. “O nosso sistema de segurança pública acabou e eu não quero voltar a ser secretário”, garantiu o parlamentar, ao informar que ocupou o cargo por caso doze anos, “na condição de profissional, não pedindo esmola ou emprego”, vindo da Polícia Federal, da qual é delegado aposentado. “A governadora tem que tomar providências, porque o Sistema de Segurança ficou sem controle e a situação é péssima em todo Maranhão”, enfatizou.
Outro ponto abordado pelo deputado foram as promoções no Corpo de Bombeiros. Raimundo Cutrim lembrou que a governadora Roseana Sarney (PMDB) recentemente baixou um ato, promovendo de forma conjunta 12 oficiais, mas o comandante da corporação teria baixado uma norma tornando o ato da governadora sem efeitos, o que seria irregular. O deputado criticou o comandante e disse que se houve erros nas promoções, como o ato do Executivo não pode ser desfeito, quem foi promovido a mais fica como excedente. Cutrim ironizou que desde dezembro dois oficiais já andavam com as estrelas da promoção “reluzindo no peito, com autorização do comandante”, antes mesmo da governadora assinar a ato.
Cutrim direcionou críticas também “a quem se serve ao papel de dar recados” e falou que abordou o assunto de forma pública.
