Deputado Bira afirma que o caso Décio é apenas a ponta do iceberg

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Assecom / Bira do Pindaré
14/06/2012 14h11

Deputado Bira afirma que o caso Décio é apenas a ponta do iceberg
Foto original

 

 

A elucidação do assassinato do jornalista Décio Sá, apresentada em entrevista coletiva pelo secretario de Segurança Pública Aluisio Mendes foi o principal tema de debate na Assembleia Legislativa na sessão desta quinta-feira (14).

 

Em coletiva na tarde desta quarta-feira (13), o secretário de Segurança revelou os procedimentos da operação que prendeu sete pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril passado. Apenas um dos oito mandados de prisão não foi cumprido, de um homem identificado como “Balão”, que teria ajudado na fuga do pistoleiro.

 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Bira do Pindaré (PT), cumprimentou o trabalho da Polícia Civil e dos delegados que conseguiram desvendar o crime em um prazo razoável. Ele ressaltou a importância do sistema judiciário na punição de todos os envolvidos no caso.

 

“É preciso que a gente faça o enfrentamento da impunidade, então esse caso só se encerra quando a justiça também cumprir a sua parte e punir os responsáveis, tanto executor quanto os mandantes, todos que estão envolvidos no caso, aí sim nós podemos dizer que o caso está encerrado”, cobrou Bira.

 

Os assassinatos do líder quilombola Flaviano e do líder camponês Raimundo Borges Cabeça foram lembrados como exemplos de casos onde a polícia fez seu trabalho e o Poder Judiciário, injustificadamente, não mandou prender os mandantes.

 

Nos dois casos de pistolagem, o Poder Judiciário foi negligente, pois os pistoleiros estão presos, entretanto os mandantes estão soltos. O parlamentar ressaltou a importância de investimentos no policiamento preventivo. A Avenida Litorânea, onde Décio foi assassinado, não tem uma única câmera de monitoramento da polícia.

 

“É preciso haver punição. Eu disse desta tribuna quando aconteceu o episódio do assassinato brutal do jornalista Décio Sá, que essa situação da pistolagem no Estado do Maranhão tinha dois fatores determinantes: um, a impunidade; e dois, a falta de policiamento preventivo”, lembrou.

 

Vale destacar também a afirmação do Secretario de Segurança que revelou as relações da quadrilha presa com crimes de agiotagem, de corrupção, que se estendem nas administrações públicas do Maranhão.

 

“O caso do Décio é a ponta do iceberg e a polícia fez questão de revelar isso para nós. Fala-se que há políticos envolvidos, mas que políticos são esses? Que há prefeitos envolvidos, que prefeitos são esses? Há muita coisa ainda a se desvendar em torno dessa situação”, declarou.   


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