Cutrim pede correção em discurso, mas mantém posicionamento

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Waldemar Têrr / Agência Assembleia
28/06/2012 15h01

Cutrim pede correção em discurso, mas mantém posicionamento
Foto original

 

O deputado Raimundo Cutrim (PSD) voltou a afirmar, na sessão desta quinta-feira (28), que foi vítima de uma armação ao ter seu envolvido no assassinato do jornalista Décio Sá, mas pediu para que a Mesa Diretora da Assembleia retirasse uma expressão rude que utilizou no pronunciamento da última quarta-feira (27), ao fazer esclarecimentos no tempo Grande Expediente (30 minutos). Hoje Cutrim manteve a postura contra o secretário de Segurança do Estado, Aluisio Mendes, mas pediu desculpas pela palavra inadequada, repetida por quatro ou cinco vezes. Ele também voltou a dar explicações sobre o episódio.

 

“Eu não tenho nada que ficar dando explicações, mas como deputado e como representante do nosso Estado, no momento talvez da emoção, no momento do discurso, eu tenha pronunciado uma palavra, que foi repetida por quatro ou cinco vezes. Humildemente, eu pediria desculpas aos colegas por esta palavra, bem como à população do meu Estado. Solicitaria ao presidente desta Casa que determinasse a retirada [da palavra] das notas taquigráficas, bem como dos Anais desta Casa, pois nós temos realmente que, quando exageramos, ter a humildade de reconhecer [o defeito]; evidentemente que aquela palavra eu falei de forma inapropriada naquele momento”, explicou.

 

Cutrim disse que retira a expressão, mas mantém todo “o discurso, na íntegra, sem tirar mais nenhuma palavra sequer”. O deputado disse que não corrigiu a expressão na sessão plenária de ontem porque estava viajando para Penalva.

 

INFORMAÇÕES VAZADAS

 

Outro ponto abordado por Cutrim foi uma nota publicada em uma coluna do jornal O Estado do Maranhão, na edição desta quarta-feira (27), dizendo que, na investigação, o seu nome não aparece apenas no depoimento de um dos envolvidos, mas em diversas interceptações telefônicas. Ele repreendeu o fato de haver vazamento de informações de uma investigação sigilosa.

 

 

“A lei de interceptação telefônica tem 10 artigos e o bojo dela já diz que ali é sigiloso, é sob sigilo, não precisa juiz, não precisa usar o rrtigo 20 do Código de Processo Penal, pois já diz que é sigiloso. Então, essas informações no Jornal O Estado são atos de improbidade administrativa e crime na lei penal e substantiva”, argumentou o deputado.

 

Cutrim reafirmou que tinha ligação profissional com Júnior Bolinha, que foi preso por envolvimento no assassinato de Décio Sá. “Nunca menti e liguei dezenas e centenas de vezes, do mesmo modo que ele ligou para mim. Então o crime vai ser ligado a qualquer pessoa. Se a pessoa depois se envolve com qualquer coisa, o que eu tenho a ver com isso?”, questionou.

 

O deputado voltou a dizer que o caso é uma armação para envolvê-lo no episódio. “Eu continuo dizendo e reafirmando que foi uma armação, foi mal ensaiado”, declarou. Para Cutrim, o secretário Aluisio Mendes não tem compromisso com o Estado e quer desmoralizá-lo. “Mas, como eu disse, eu tenho uma história de vida, tenho um trabalho não só no Maranhão, mas também no Brasil e, portanto, exijo respeito. Vamos apurar e eu estarei sempre à disposição para prestar qualquer esclarecimento aqui ou onde estiver. Estarei pronto para ajudar, pois a pessoa mais interessada em esclarecer esse assunto sou eu”, garantiu.


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