Neto Evangelista defende Cutrim e pede que a PF assuma as investigações

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Agência Assembleia
28/06/2012 14h41

Neto Evangelista defende Cutrim e pede que a PF assuma as investigações
Foto original

 

O deputado Neto Evangelista ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão desta quinta-feira (28), para fazer uma avaliação sobre a investigação do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá. Ele afirmou que, inicialmente, todos pensavam que a Secretaria de Segurança Pública estava desvendando tudo sobre o caso. Ele lembrou que, em seguida, veio a informação de que o capitão Fábio, da PM, preso pela polícia, não era, de fato, o capitão envolvido na morte do jornalista.

 

“E, pasmem, o capitão Fábio continua preso. Não sei, mas suspeito que seja por conta do secretário de segurança não querer assinar o atestado de incompetência nas investigações do caso do jornalista Décio Sá”, disse.

 

Na tribuna, Neto Evangelista solidarizou-se com o deputado Raimundo Cutrim, que também teve seu nome envolvido. Dirigindo-se aos deputados, Neto Evangelista declarou: “Há dois dias assistimos um colega nosso, o deputado Raimundo Cutrim, indignado na tribuna. Eu conheço a índole do deputado Raimundo Cutrim e sei que não é da pessoa do deputado participar desse tipo de atitude. Cutrim foi crucificado pelas palavras que disse, mas imaginem se o mesmo acontecesse com qualquer um dos outros deputados, que qualquer um de nós estivesse passando por esse momento”.

 

Evangelista referiu-se, ainda, à folha de serviços prestados pelo deputado Raimundo Cutrim à segurança pública no Brasil. Acrescentou que, quando “o papagaio” (pistoleiro contratado para executar o crime) citou o nome Cutrim no interrogatório, instigaram, perguntando se ele estava se referindo ao parlamentar. “Como o executor de um assassinato ia saber quem seria o mandante principal. Está praticamente na cara, não vê quem não quer”, analisou.

 

No pronunciamento, Evangelista se alinhou ao posicionamento do deputado Bira do Pindaré, pedindo que a Polícia Federal tome conta do caso.

 

APARTES

 

Em aparte, o deputado Rogério Cafeteira elogiou a postura do secretário Aluisio Mendes, dizendo que, apesar de terem vazado as oitivas dos acusados, ele não viu o secretário fazer nenhum juízo de valor, em nenhum momento, e acusar o deputado Raimundo Cutrim. “Se teve uma falha foi de ter tido vazamento”, comentou.

 

O deputado Rigo Teles também elogiou o trabalho de Aluisio Mendes e defendeu que as investigações também sejam aprofundadas sobre a prática de agiotagem no Maranhão. “É bom que esclareça, porque fica em dúvida quem é o deputado, quem não é. Esta Casa é um Parlamento que representa o povo do Maranhão, merece realmente um tratamento especial, porque se alguém deve, que pague, mas não ser jogado a todos”, disse Rigo.

 

O deputado Marcelo Tavares pediu prudência. “Não existem elementos para jogar pedras no deputado Raimundo Cutrim, mas eu entendo também que não existem elementos para que nós joguemos pedras no trabalho do secretário Aluísio”, declarou.

 

Marcelo disse que, neste momento, é melhor aguardar o desenrolar dos fatos e o encerramento do inquérito. “Se o que há contra o deputado Cutrim é isso aí que apareceu. Eu entendo que dificilmente alguém fará uma acusação formal, porque são elementos muito frágeis. Lamento pela questão da imagem, porque de fato não há como reparar isso, mas o deputado Raimundo Cutrim é um homem forte que saberá enfrentar essa situação”.


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