O deputado Othelino Neto (PPS) voltou a tratar da temática ambiental, na sessão desta quinta-feira (12), ao concordar com o colega de plenário, Bira do Pindaré (PT), que apresentou a proposta de ampliação da área de preservação da Estação Ecológica do Rangedor, espaço no qual foi construído o prédio da Assembleia Legislativa.
Othelino contou que a lei foi sancionada no governo José Reinaldo Tavares e que o projeto foi preparado quando o parlamentar estava à frente do comando da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, época em que feito um estudo técnico que comprovava a necessidade de dar proteção legal à área, criando uma legislação que assegurasse a integridade da Estação Ecológica do Rangedor, que só chamava de Sitio do Rangedor.
O parlamentar do PPS afirmou que se deve destacar a decisão política do ex-governador José Reinaldo, de evitar que toda a área se transformasse em um grande empreendimento imobiliário, uma vez que houve pressão muito grande por partes de setores políticos importantes e influentes, mas o então governador ouviu a opinião dos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e acabou optando - ao invés de transformar essa região que tem uma importância ecológica fundamental para a Cidade de São Luís - num empreendimento imobiliário.
O deputado chamou a atenção para o fato de que a Estação Ecológica do Rangedor está completamente sem fiscalização e que, na época, utilizou recursos de compensação ambiental para cercar toda essa área. “Fizemos o plano de manejo, para que nós pudéssemos não só criar, mas garantir a integridade. E percebemos agora que, por onde andamos na Estação Ecológica do Rangedor, as cercas estão quebradas, não há mais visita, já se percebe que em alguns locais estão colocando lixo. Chamamos a atenção do Governo do Estado para que garanta a fiscalização nessa área, que está dentro de São Luís, vizinho da sede da Secretaria de Meio Ambiente, e não se admite que fique abandonada e sem a fiscalização devida”, alertou.
Outro ponto abordado pelo parlamentar foi para destacar que vem acompanhando a execução orçamentária na área ambiental no governo, mas percebeu com tristeza que, mais uma vez, o orçamento para o órgão ambiental foi reduzido, e pior, além de ter sido reduzido, o orçamento que já evidencia a falta de compromisso do Governo do Estado com a área ambiental à execução do orçamento está muito aquém do que já era para estar, tendo em vista que já estamos na metade do ano, boa parte do que foi gasto até agora foi apenas com a área administrativa, quase nada na defesa dos recursos naturais.
