O deputado Jota Pinto (PR) comunicou aos seus pares, na sessão desta quinta-feira (2), da tribuna da Assembleia, sua desfiliação do Partido da República (PR) por motivo de divergências internas. “Estava me sentindo isolado, excluído do partido e recebendo ameaças de expulsão”, afirmou.
Segundo Jota Pinto, quando se tem um casamento e ele não dá certo, cada um que procure seu caminho. “Nós não podemos mais ficar numa casa ou em um casamento político onde, exatamente, as coisas não estão dando mais certo”, justificou.
“Eu procurei os caminhos de forma legal. Comprovei junto ao Tribunal Regional Eleitoral todas essas questões que justificam a minha decisão. Recebi a carta de anuência do diretório regional em maio último”, esclareceu.
De acordo com o deputado, o PR, hoje, no Maranhão, é comandado por um assessor de um deputado, que é quem dá as ordens no Partido e ele não concorda com isso, acrescentando que o ex-presidente nacional e regional do PR, o secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Tamer, solidário à sua decisão, também se desfiliou ontem (1º).
Jota Pinto afirmou que não queria sair do PR, queria permanecer e considera o Partido, pelo qual ele se elegeu, um dos melhores do Maranhão, mas que não poderia mais ficar aonde é excluído e não é respeitado e, ainda, num partido cujo programa está sendo rasgado. “Fiz bons amigos e deixo bons amigos no Partido da República. Deixamos o partido com a consciência tranqüila do dever cumprido enquanto exercemos o papel de vice-presidente”, assinalou.
O deputado desejou sucesso aos novos dirigentes do PR no Maranhão e disse lamentar profundamente sua decisão de se desfiliar da agremiação pela qual se elegeu. “Na última eleição, quando estava no exercício da Presidência do PR, elegemos dois deputados estaduais e 02 federais e contribuímos para o crescimento do Partido no Estado”, revelou.
