Comissão da Assembleia e empresas discutem questões fundiárias

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Assecom / Bira do Pindaré
17/08/2012 14h41

Comissão da Assembleia e empresas discutem questões fundiárias
Foto original

 

Em uma reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos, na manhã desta sexta-feira (17), o deputado Bira do Pindaré (PT) recebeu representantes da empresa Vale, da Suzano e do povoado Cariongo, em Miranda Norte.

 

Durante o debate, na Sala de Comissões, foram colocados em pauta assuntos relacionados a questões fundiárias e desapropriação de terras nas cidades de Vila Nova dos Martírios e Miranda do Norte.

 

O problema em Miranda é a duplicação da Ferrovia Carajás. A empresa Vale, administradora da estrada de ferro, comprometeu-se em repassar o aporte financeiro à associação para a construção de novas casas para os moradores da comunidade. Algumas casas ficam a menos de 4 metros da linha férrea.

 

No convênio firmado entre comunidade, prefeitura e Vale ficou acertado que as novas casas seriam construídas a uma distância de 100 metros da linha do trem e que o dinheiro seria repassado para a comunidade após o período eleitoral. A supervisão da obra ficaria por conta da prefeitura municipal.

 

Na comunidade de Cariongo existem 62 casas de alvenaria e 40 casas de taipa, totalizando mais de 400 pessoas. Segundo Careca, o representante da comunidade, as pessoas sofrem há mais de 20 anos pela falta de assistência, o barulho e a danificação das casas provocadas pela passagem do trem.

 

“Não temos qualidade de vida. A alta freqüência dos trens provoca morte de nossos animais, de pessoas. O trem fica dias parados impedindo a circulação das pessoas”, protestou.

 

Os encaminhamentos do caso de Vila Nova dos Martírios ficaram comprometidos, pois nenhum representante das comunidades afetadas pôde comparecer à reunião. Representantes da Suzano apresentaram o relatório das ações da empresa na área desde 2009.

 

O povoado “Deus proteja”, localizado às margens do rio Tocantins, é o mais afetado pela expansão da plantação de eucalipto financiada pela Suzano. A área ocupada pela comunidade foi cedida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e pertence à Marinha Brasileira.

 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Bira, encerrou a reunião otimista com a solução dos impasses e afirmou que as comunidades precisam ser respeitadas. “Tenho a certeza que e os grandes empreendimentos não trouxeram o progresso prometido ao Maranhão. Somos o Estado mais pobre do Brasil e os grandes projetos que chegaram aqui não mudaram esta triste realidade”, concluiu.       


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