Um projeto de lei que versa sobre cotas na Uema para estudantes de escolas públicas maranhenses tramita nas instâncias da Assembleia Legislativa. O autor da proposta é o deputado Bira do Pindaré (PT), que em discurso na tribuna da Assembleia pediu a expansão dos cursos da Uema para outras cidades polos do Estado.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, atualmente, o Brasil conta com uma razão de 1,95 médico por grupo de 1.000 habitantes. Contudo, esse índice flutua nas diferentes regiões. O Maranhão apresenta menos de um médico por 1.000 habitantes, índice comparável a países africanos.
“Nós sabemos que a Universidade Estadual pertence ao povo do Maranhão e a Uema tem um curso de medicina que funciona no município de Caxias, mas poderiam ter outros. Poderia ter em Santa Inês, poderia ter em outras cidades do Estado, poderia ter aqui na capital, já que nós temos o maior déficit de médicos por habitantes do Brasil”, destacou Bira.
O projeto do parlamentar, que direciona vagas na Uema para estudantes que cursarem pelo menos o ensino médio em Escolas públicas do Maranhão, é baseado em um projeto do Senado Federal com a mesma natureza. O petista lembrou que a sua proposta já tramita na Casa e que a aprovação é a segurança para que o estudante possa ter uma oportunidade de conseguir um espaço no mercado de trabalho.
“Estou trazendo aqui para esta Casa uma proposição para que a gente assegure uma cota de 50% das vagas da Uema para o estudante maranhense, porque hoje nós temos um curso de medicina lá em Caxias, mas muitos, a maioria pelo que me disseram, não é maranhense; a maioria dos estudantes de medicina da UFMA também não é maranhense e a gente corre o risco de formar médicos e ficar sem eles”, alertou.
