O deputado Othelino Neto (PPS) voltou a acusar o governo do Estado, na sessão desta quinta-feira (30), de haver feito “farra de convênios no começo do mês de julho”. O parlamentar contou que realizou um levantamento detalhado, comparando os valores investidos com a população de cada município para, em momento posterior, demonstrar as distorções que ocorreram nesses convênios.
De acordo com Othelino Neto, “a desproporção entre a população dos municípios e o valor investido e a desproporção que houve quando grandes municípios não receberam investimento nenhum por parte do Governo do Estado”.
O deputado informou que o levantamento vai ser apresentado da tribuna e encaminhado para os municípios, para que as populações tenham conhecimento que os seus gestores estão recebendo valores menores ou maiores em alguns municípios, como foi o caso de Dom Pedro.
Othelino Neto revelou que Dom Pedro recebeu R$ 7 milhões, embora tenha população de 22 mil habitantes. “É para que estas populações possam controlar e saber onde foi aplicado este recurso, e se de fato está sendo cumprido, que estamos fazendo esse levantamento, um levantamento detalhado comparando a população e vendo quais são as verdadeiras características desse município para tentar identificar os excessos que nós já conseguimos identificar nos primeiros casos analisados”, confessou.
INDICAÇÃO
O parlamentar do PPS contou também que apresentou indicação já lida em plenário, na qual solicita que o Governo do Estado faça diretamente obras nos municípios de oposição, “já que tem este preconceito contra os prefeitos que não são das agremiações políticas ligadas à governadora”.
Citou o exemplo de Pinheiro, cidade por onde passam todos que andam pela Baixada, por isso tem um trafego intenso e precisa de convênio para realizar obras viárias, mas como o prefeito é de oposição, não está recebendo.
“Que o faça diretamente e promova em Pinheiro as obras que aquele município merece, por ser a maior cidade da Baixada, que não pode e não deve continuar sendo relegada à 10º plano por uma simples diferença política da governadora com o gestor municipal ou simplesmente para atender os desejos do adversário do prefeito da cidade”, cobrou.
