Deputados constatam deficiência no tratamento de esgotos em São Luís

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Assecom/Gab.Dep..Bira do Pindaré
05/09/2012 09h40

Deputados constatam deficiência no tratamento de esgotos em São Luís
Foto original

 

As Comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa realizaram, na tarde desta terça-feira (4), vistoria nas Estações de Tratamento de Esgoto do Jaracaty e do Aterro do Bacanga, de responsabilidade da Caema. A visita contou com a presença do deputado Bira do Pindaré (PT) e da deputada Eliziane Gama (PPS), presidentes das duas comissões, respectivamente.

 

A visita às estações foram propostas por Bira do Pindaré e Eliziane, após a Secretaria de Estado de Meio Ambiente ter interditado todas as praias de São Luís, condenando-as para o banho devido ao alto índice de coliformes fecais detectado em estudo de balneabilidade.

 

As Comissões foram acompanhadas por Cristovam Teixeira, diretor de operação e manutenção da Caema, e por técnicos da companhia. Cristovam explicou que 60% da ilha de São Luís possuem sistema de coleta de esgoto, contudo, apenas 10% deste são tratados nas estações de esgoto. Portanto 90% dos dejetos da população da ilha são despejados in natura nos rios e depois no mar.

 

Para o deputado Bira, esta falta de tratamento de esgoto explica a interdição de todas as praias de São Luís. “Se você pegar a Ilha de São Luís, com 1 milhão e 300 mil habitantes, terá 160 toneladas de fezes, todos os dias, lançadas nas praias, nos rios, córregos, nos riachos, sem nenhum tratamento”, denunciou.

 

De acordo com Cristovam Teixeira, a Caema não despeja esgoto nas praias. A poluição, segundo ele, chega às praias pelos rios Calhau, Pimenta e Jaguarema, pois apenas 10% do esgoto são tratados.

 

A estação do Jaracaty contempla os bairros: Calhau, Ponta d areia, Cohafuma, São Francisco, Jaracaty, Avenida Litorânea e parte do Renascença. Cristovam explicou que todo trabalho da estação é automatizado e são tratados 110 litros por segundo.

 

Já a estação do Bacanga, que abrange o Centro da cidade, tem capacidade para tratar 250 litros por segundo, entretanto, ela funciona com apenas 25% de sua capacidade. Após a água passar pelo processo de tratamento, não é potável e depois de tratada é despeja nos mangues.

 

Após a visita, o deputado Bira constatou que apenas as duas estações de tratamento não suportam, de maneira alguma, todo esgoto da Ilha de São Luís. Ele mostrou-se preocupado com a falta de rede de esgotamento e de tratamento de esgoto em São Luís.

 

“Nós pagamos por um serviço que não é realizado, só deveríamos pagar pelo tratamento de esgoto dos 10% da ilha que são contemplados. A explicação para a poluição de todas as nossas praias está na falta de investimento do Governo do Estado na ampliação e reestruturação do serviço de tratamento de esgoto em São Luís. Literalmente são toneladas de fezes jogadas ao mar todos os dias porque o Governo não fez saneamento básico”, protestou Bira.

 


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