Bira do Pindaré lembra aniversário de 33 anos da greve da meia-passagem

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Assecom / Bira do Pindaré
17/09/2012 18h35

Bira do Pindaré lembra aniversário de 33 anos da greve da meia-passagem
Foto original

 

Nesta segunda-feira (17) a greve da meia passagem completa 33 anos. No dia 17 de setembro de 1979 jovens e estudantes foram às ruas da cidade de São Luís protestar contra o aumento concedido pela prefeitura da capital. O deputado Bira do Pindaré (PT) lembrou da data em seu discurso, na tarde desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa.

 

A greve conquistou apoio de secundaristas, professores, trabalhadores e constituiu-se numa espécie de "Maio de 68" da juventude maranhense. “A greve de 79 explica-se mais pelo que denominaríamos de grito sufocado do que pela reivindicação em si ao direito à meia-passagem”, disse Bira.

 

A Greve de 79 tornou-se um dos grandes momentos de mobilização registrados na história maranhense. Iniciada pelos estudantes secundaristas, revoltados com o aumento de passagens concedido de surpresa, a greve teve como lideranças estudantes universitários, que obtiveram o apoio professores e trabalhadores.

 

Segundo o deputado petista, em pleno Regime Militar, o conjunto da sociedade vinha de um ciclo de altíssima repressão ao movimento social, com tortura, exílio e morte de muitas das lideranças democráticas do país. Sem a possibilidade de livre manifestação política, de liberdade de imprensa e direito à livre organização, o contexto motivou o apoio popular à bandeira estudantil.

 

Sempre de acordo com Bira, o apoio à meia-passagem representou um grito contra a censura, o Regime Militar, a carestia, o assassinato desenfreado de trabalhadores rurais na luta contra a grilagem de terras, à falta de moradia e de comida na mesa dos maranhenses.

 

O então governador, e hoje prefeito de São Luís João Castelo, acionou a policia militar que com muita violência repreendeu os estudantes. Muitos foram espancados naquele que foi um dos maiores movimentos populares da história do Maranhão.

 

Aproximadamente 30 mil pessoas ocuparam as ruas da capital em protesto. O movimento tomou essa dimensão por conta da unidade interna de suas lideranças. Naquela época de retomada da reorganização das entidades estudantis (UNE e DCE´s). Lideranças engajadas na luta: Coelho Neto, Agenor Gomes, Renato Dionísio, Jomar Fernandes, Joãozinho Ribeiro, Juarez Medeiros, Cunha Santos.

 

“A ilha rebelde não se cala. Encerro meu discurso de hoje com o trecho do poema Greve da meia-passagem de Joãozinho Ribeiro: São Luís, setembro, setenta e nove: Veloz esgota-se à tarde E o dia formando os meses Que assim vão contando a vida Mil e novecentas vezes 17, setembro, presente! Paisagem feita de tempo Na oficina da história Guardada como lembrança Na gaveta da memória”, concluiu Bira do Pindaré. 

 

Tony Castro

 

O repórter Tony Castro, profissional de grande qualidade nos deixou prematuramente vítima de insuficiência respiratória. Tony estava internado há quinze dias no Hospital dos Servidores do Estado do Maranhão e faleceu por volta das 11h deste sábado (15).

 

Castro tinha diabete e já havia se submetido a cirurgia para implantação de uma ponte de safena. O repórter, que fazia parte da Assessoria de Comunicação da Assembleia. “Tony era companheiro e amigo, um profissional competente e uma pessoal excepcional. Fazia seu trabalho com responsabilidade”, se solidarizou Bira.

 


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