Nelson Nery da Costa recebe título de Cidadão Maranhense na AL

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Agência Assembleia
20/09/2012 13h51

Nelson Nery da Costa recebe título de Cidadão Maranhense na AL
Foto original

 

Atendendo a projeto de resolução de autoria do deputado Edson Araújo, a Assembléia Legislativa concedeu, na manhã desta quinta-feira (20), o título de Cidadão Maranhense ao advogado piauiense Nelson Nery da Costa. Edson Araújo iniciou sua saudação ao homenageado com uma frase do pensador francês Nicolas Chamfort: “A estima vale mais que a celebridade, a consideração vale mais do que a fama e a honra vale mais do que a glória”.

 

Explicando que o título honorífico de Cidadão Maranhense é a mais importante honraria que confere o Poder Legislativo, o deputado afirmou que Nelson Nery contribuiu muito para o desenvolvimento da sociedade maranhense, tornando-se merecedor de reconhecimento. Reconheceu o leque de serviços jurídicos que o homenageado tem prestado ao poder público e à própria sociedade e destacou o currículo do advogado - defensor público, professor universitário, membro da Academia Piauiense de Letras e jurista com inúmeras obras publicadas.

 

Nelson Nery elaborou, no ano de 1990, a Lei Orgânica do Município de Arame no Estado do Maranhão e ministrou diversos cursos em São Luís como “Imposto e Taxa”, no Curso do Fórum de Gerentes da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão e Confederação Nacional da Indústria e “Curso sobre Processo Administrativo”, na Ordem dos Advogados do Brasil. Atualmente Nelson Nery presta serviços como consultor do IDORT, em Compensação Previdenciária, para a Secretaria de Planejamento e Administração do Estado.

 

O Nelson Nery é autor, dentre outras obras, dos livros “Teoria e Realidade da Desobediência Civil” (1990) “Processo Administrativo e suas Espécies” (1997), “Comentários à Lei de Imprensa”, em co-autoria com Cretelin Neto (2004), “Comentários à Constituição Federal de 1988 (2009) e “O Começo do Piauí”: os primórdios e a segunda metade do século XVII”.

 

JÚBILO, ALEGRIA E JOÃO DO VALE

 

Assim como o deputado Edson Araújo encerrou seu discurso com a poesia “Ser Maranhense, da escritora Maria Inez Silva Queiroz, Nelson Nery da Costa escolheu um poema de João do vale para marcar a trajetória que o trouxe do Piauí até a condição de mais novo Cidadão Maranhense. Ele disse que o Piauí é filho do Maranhão desde 1652, ato firmado pela Carta Régia de 3 de março de 1701. Em 1718 o Piauí foi constituído em Capitania Subordinada à sua terra mãe, apesar de só em 1759 ter tomado posse seu primeiro governador, João Pereira Caldas. Em 1812 o Piauí passou a ser uma província autônoma. Nery explicou que, no entanto, a ligação entre os dois estados sempre se manteve, fosse pelo fluxo constante de homens e mulheres, fosse pela exploração de produtos naturais, especialmente babaçu e carnaúba. “Como se não bastasse, havia o Vale do Parnaíba, que sempre separou e uniu as duas terras”, discursou.

 

Nelson Nery da Costa ensinou que durante muito tempo o Maranhão e o Piauí apareciam como uma região diversa do Nordeste, conhecida como Meio Norte. E chamou a atenção para o cerrado e as matas de cocais, comuns aos dois estados. “Trata-se do mesmo povo, falando a o mesmo linguajar, bem distante do sotaque carregado do Ceará, de Pernambuco e da Bahia” registrou. Em seu livro “O Começo do Piauí”, o advogado fala “das origens do meu Estado e, sem dúvida, de sua terra mãe gentil, o Maranhão, onde busquei em inúmeros autores os fundamentos do meu estudo, como José Moraes, Mário Meireles, Milson Coutinho e Antônio Baptista Barbosa de Godois, dentre outros”.

 

Nelson Nery da Costa colaborou com o deputado Edson Araújo na resolução dos problemas dos pescadores do Delta do Parnaíba, especialmente do município de Tutoia, surgindo daí a amizade que culminou com a concessão do título de Cidadão Maranhense ocorrida hoje.

 

Finalizou dizendo: “Fiz pouco, é certo, pelo Maranhão, mas olhando de longe vi que minha vida sempre foi por aqui, por minha família e por mim também. E, agora, mais do que nunca, espero colaborar para o desenvolvimento do Estado, agora minha terra mágica, onde canta o sabiá de Gonçalves Dias”.

 


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