Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Raimundo Cutrim repercutiu reunião da Comissão de Segurança da Casa, realizada na manhã desta quarta-feira (17), que contou com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros. Na oportunidade, foi avaliado como insuficiente o número de vagas (150), disponibilizadas por meio de edital de concurso público, para a corporação.
Segundo o edital, estão sendo oferecidas 2.150 vagas para a Polícia Militar do Maranhão, sendo 2.000 para soldados da polícia e 150 para soldado bombeiro militar.
“É um efetivo muito pequeno para suprir o Estado”, avaliou Raimundo Cutrim, destacando que hoje há sete municípios – incluindo a capital São Luís - com estrutura do Corpo de Bombeiros. “Em Imperatriz a situação é tão caótica que lá você liga para o Corpo de Bombeiros e quem atende é o bombeiro civil, uma pessoa ali que está prestando serviço voluntário. Ali tem em torno de 50 a 100 pessoas que trabalham voluntariamente por falta de pessoal”, citou.
Cutrim ressaltou ainda que a demanda deve aumentar, pois há previsão para a Lei de Organização Básica (LOB) do Corpo de Bombeiros, que deve ser assinada nos próximos dias, para criar novas estruturas em mais cinco municípios, entre eles Timon, Santa Inês, Bacabal e Caxias.
Ressaltando que o efetivo policial do Maranhão é o menor do país, Cutrim pediu que a governadora do Estado, através da Secretaria de Estado de Administração e Planejamento, faça uma nova análise para distribuir melhor as vagas.
“Da Polícia Civil entendemos que o número de agentes foi pouco, 120 agentes, precisando de um quadro maior. Agora do Corpo de Bombeiros colocar 150 vagas é querer brincar de fazer segurança pública. O Corpo de Bombeiros cresceu e nós só temos um efetivo de 1.170 homens”, comentou.
MAIS ESTRUTURA
Cutrim citou que Açailândia é um município que enfrenta problemas de segurança, pois tem muitas empresas e indústrias e, mesmo assim, não foi contemplada com a implantação de um Corpo de Bombeiros. “Grajaú, que é o segundo município, me parece que do Brasil, que mais tem tido incêndios nesses últimos anos, também não consta. Então, temos que replanejar, reanalisar e a governadora precisa mandar fazer novo levantamento”, recomendou.
O deputado defendeu também uma reavaliação para a área do sistema penitenciário, que não foi contemplado com vagas no edital do concurso público.
