Bira diz que Sarney e Castelo estão unidos nestas eleições municipais

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Assecom / Bira do Pindaré
23/10/2012 15h37

 

Um debate caloroso foi travado, na manhã desta terça-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão. O deputado Bira do Pindaré (PT) afirmou, contundentemente, que o presidente do Senado e o atual prefeito de São Luís estão aliados e trabalhando juntos para a reeleição de João Castelo.

 

O parlamentar elencou fatos que comprovam a inusitada aliança. A ausência da presidenta Dilma Rousseff, que tem um dos seus aliados concorrendo à eleição da base do seu governo. Para o Deputado, a presidenta não compareceu porque o senador José Sarney, pelos caminhos que somente ele conhece, interveio para evitar a participação dela na disputa eleitoral.

 

“A disputa é com o partido da sua oposição, o PSDB, portanto, seria bastante natural se ela estivesse aqui, mas não está. Não está porque mais uma vez o presidente José Sarney interveio com o claro interesse de impedir a vitória do campo das oposições”, destacou Bira.

 

Para o petista, outro fator que comprova a aliança entre Sarney e Castelo foi a reação desequilibrada do juiz da 2ª Zona de São Luís, Sérgio Muniz, quando destratou e tentou intimidar o presidente da Embratur Flávio Dino. Sérgio é filho de Antonio Muniz, que começou a carreira como um dos auxiliares de João Castelo na época em que o atual prefeito era governador do Maranhão. Atualmente, o pai do juiz é secretário-adjunto na Casa Civil do governo Roseana Sarney.

 

O Juiz é o mesmo que conduz as oitivas do processo que pede a cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice Washington Luiz Oliveira (PT).

 

Bira também afirmou que a campanha do atual prefeito desrespeita os militares e seus familiares quando tenta convencer a população de São Luís que os servidores seriam bandidos e milicianos. O deputado chamou de grosseira a tentativa do atual prefeito em manipular e desprezar a categoria dos servidores militares.

 

“Nós somos testemunhas, porque eles estiveram aqui nesta Casa e não teve um só arranhão nesta Casa. Não são bandidos. O Jean Marrie e o cabo Campos não são bandidos. Não existe milícia nenhuma, portanto, é uma apelação grosseira, desnecessária e descabida. O candidato a vice, Neto Evangelista, era um dos deputados que apoiavam o movimento dos militares. Ele conhece os dois e sabe que essas pessoas não são bandidas”, lembrou.

 

O deputado assegurou que, como qualquer cidadão, os militares, fora do seu horário de trabalho, não são impedidos de fazer reunião com seus amigos para declarar o seu apoio. Bira afirmou que a reunião realizada foi legítima e transparente sem nenhum problema - não há crime na conduta dos militares. Para ele, está acontecendo uma perseguição aos servidores militares do Estado, a categoria está sofrendo na pele a perseguição, a humilhação e o destrato.

 

De acordo com Bira, o Jornal “O Estado do Maranhão”, de propriedade da família do presidente do Senado, também já assumiu posicionamento pró Castelo e contra os militares. A coluna “Estado Maior”, do impresso, chama os servidores militares de bandidos na edição desta terça-feira.

 

Bira comparou esta nova tentativa da candidatura do atual prefeito em desqualificar a candidatura de Edivaldo Holanda com o caso ‘Reis Pacheco’ e com o caso da filha do Lula, Lurian Silva. Ele considerou estas práticas ultrapassadas, também lembrou que o atual prefeito era coordenador da campanha do presidente Collor, no Maranhão, em 1989. Ironicamente, hoje o prefeito se diz amigo e fã da presidenta Dilma.

 

Por fim, o deputado Bira disse que a aliança entre Sarney e Castelo está escancarada e, inclusive, o senador Sarney já garantiu à Presidenta Dilma que o prefeito de São Luís, uma vez eleito, vai transferir sua filiação para o PMDB.   

 

Tendo em vista a campanha terrorista imposta pelo atual prefeito, Bira avaliou como indispensável a participação de tropas federais no processo eleitoral de São Luís.   

 

“É muito importante isso, até porque quem está no desespero vai apelar para todo tipo de artifício, e o que resta até o dia da eleição, apelação de denúncia descabida como essa, ninguém vai estranhar se aparecer uma Luriam, vai se não aparecer Reis Pacheco, se não vão metralhar alguma coisa, qualquer coisa pode acontecer no dia da eleição, além disso, existe o abuso de poder econômico, que é muito importante que as Forças Federais estejam aqui, até para coibir a prática de compra de voto nos bairros”, concluiu.


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