O deputado Marcos Caldas (PTdoB) agradeceu, na sessão desta terça-feira (05), aos colegas por ter sido escolhido como novo líder do Bloco União Democrática e disse esperar “não decepcionar esse grupo de deputados que tem tido uma posição muito forte, muito firme e ajudado muito esta Casa”.
Lembrou também que exerceu o cargo de primeiro vice-presidente durante dois anos e o cargo de presidente quando foi preciso, com o apoio do presidente Arnaldo Melo (PMDB), que quando precisou se ausentar assumiu o governo, exercendo o cargo de governador por seis dias.
Em seguida, Marcos Caldas saudou “o companheiro, amigo e novo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior”, que recebeu o município em situação crítica. O parlamentar criticou o tempo longo entre a eleição e a posse do novo prefeito.
“Porque nos últimos três meses o município parou e não poderia: a saúde, o Socorrão I e II, quase parado por falta de profissional de saúde, como remédio, enfermeiros, técnicos, auxiliares, estavam todos, a maioria que não estava em greve, mas estava sem querer trabalhar por questões de salários e ambientes”, lembrou.
“As ambulâncias do Samu estavam todas paradas, sem combustível, só uma funcionando. O governo do Estado teve que intervir e ceder algumas ambulâncias para que a população não ficasse sem atendimento”, relatou.
Por conta disso, o deputado garantiu que foi preciso que o prefeito Edivaldo decretasse situação de emergência por 90 dias para poder adotar ações necessárias para restabelecer a regularidade do funcionamento de toda a rede de saúde do município. “Pior: a Secretaria de Saúde acumula uma dívida que chega a R$ 140 milhões. E tem mais: a maior parte com suspeita de irregularidade, sem falar nos funcionários que não receberam o dinheiro do mês de dezembro”, lamentou.
EDUCAÇÃO COM PROBLEMAS
Marcos Caldas falou ainda de várias outras áreas com problemas, como na educação, onde a maioria dos colégios sucateados, por ausência de materiais mínimos para funcionar, roubados, uma parte, por vândalos aterrorizando todos os alunos nas redes municipais. “Mais de 130 mil alunos ficaram fora das salas de aula devido ao atraso no início do ano letivo em consequência de todos esses desmandos e descasos da administração passada”, afirmou.
A prefeitura ainda apresenta, segundo o parlamentar, “um grave desequilíbrio financeiro, um volume de restos a pagar em ordem de R$ 500 milhões. Mas eu acredito no potencial do prefeito Edivaldo, sei do seu compromisso, sei da sua luta, sei da sua vontade de querer trabalhar em benefício desse município. Já começou, porque já fez parceria com o Ministério de Educação, e já está sendo providenciada a construção de inúmeras creches, inúmeras escolas, inúmeras quadras esportivas”.
Marcos Caldas fez um apelo para que os colegas de plenário apresentem emendas destinando recursos para São Luís, como ele já fez na administração Tadeu Palácio, para reformar a Praça Catulo da Paixão Cearense, onde fica os corretores de automóveis, com a colocação de restaurante, lanchonete e banheiro.
A deputada Gardênia Castelo (PSDB) defendeu o pai, o ex-prefeito João Castelo, rebatendo as acusações. Em outro aparte, coube ao deputado Othelino Neto (PPS) reforçar o discurso de Marcos Caldas e aumentar o tom das críticas ao ex-prefeito.
O deputado do PTdoB assegurou que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior já está trabalhando, buscando parceiras e lembrou a trajetória dele: “Foi eleito vereador com votação expressiva pela primeira vez e fez um grande trabalho na Câmara e em seguida foi o vereador mais votado no município de São Luís. Dois anos depois foi o mais votado para deputado federal na história do Maranhão, então o povo reconhece quando o cidadão tem compromisso e vem fazendo um grande trabalho. E como deputado federal, mesmo com pretensão de ser prefeito, ele não deixou de mandar suas emendas para o município de São Luís não, ele como deputado também colocou uma parte de suas emendas parlamentares para a capital e alguns municípios”.
NOVA VITÓRIA
Com a eleição para prefeito, Marcos Caldas disse que Edivaldo Holanda Júnior tem a obrigação de fazer um grande mandato à frente da prefeitura de São Luís. “E já está começando, indo buscar os recursos lá fora, porque nós sabemos que o dinheiro que vem para São Luís não é suficiente, mas podemos buscar lá fora”, garantiu.
