Eliziane defende que Willian Moreira Lima seja homenageado pela Assembleia Legislativa

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Assecom / Eliziane Gama
21/02/2013 14h29

 

“O PPS é protagonista da liberdade de expressão!” Desta forma, a deputada Eliziane Gama (PPS) defendeu na manhã desta quinta-feira (21), que o nome um dos fundadores do PPS, o médico Willian Moreira Lima seja homenageado pela Assembleia Legislativa.

 

Na tribuna, ela parabenizou a iniciativa de homenagear os três deputados cassados durante a ditadura militar no aniversário de 178 anos da Assembleia Legislativa, mas enfatizou a necessidade de a Assembleia também prestar esta homenagem a Willian Moreira Lima, por ter sido alvo de perseguições na mesma época.

 

“Quero cumprimentar esta Casa pela iniciativa de trazer de volta o mandato a três de parlamentares podados pela Ditadura. E dentro desse debate de liberdade de expressão e garantia da democracia, quero também fazer um lembrete para que seja incluído na homenagem desta Casa o Willian Moreira Lima que, também como suplente teve seu mandato cassado”, destacou.

 

Eliziane Gama explicou que a liberdade de expressão e a democracia são princípios do PPS, personificados na história militante político e fundador do PPS no Maranhão.

 

“Willian Moreira Lima junto com Roberto Freire ajudou a criar e fundar o Partido Popular Socialista (PPS), para suceder o PCB e ele foi um dos deputados que teve o mandato cassado durante a ditadura militar”, explicou.

 

E completou: “Willian Moreira Lima é contemporâneo de Maria Aragão, de Bandeira Tribuzzi e de vários outros homens e mulheres que marcaram essa história do Brasil. Espero que a Assembleia, faça uma nova homenagem em outro momento e realmente lembrar e incluir o nome deste grande homem”.

 

BIOGRAFIA

 

O médico e militante político, Willian Moreira Lima morreu, aos 90 anos em 2008. Formado em medicina na Universidade Federal da Bahia, em 1943,  dedicou-se com todo vigor em defesa das causas sociais, sendo filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) desde 1948.

 

Perseguido, mesmo antes do golpe militar de 1964, foi preso por várias vezes, junto com antigos companheiros, como a também médica Maria Aragão, o jornalista e poeta Bandeira Tribuzzi e entre outros nomes.

 

Eleito deputado estadual em 1963, ele foi impedido de assumir o mandato em decorrência de fortes pressões militares feitas junto à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, que chegou a alterar o Regimento Interno da Casa para obedecer aos militares e impedir a ascensão do médico a uma cadeira no parlamento maranhense.

 

Ao lado de Roberto Freire, seu amigo particular e companheiro de lutas, o antigo militante comunista maranhense ajudou a criar e fundar o Partido Popular Socialista (PPS), para suceder o PCB.

 


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