Rigo Teles denuncia caos no setor de saúde pública de Barra do Corda

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Assecom / Rigo Teles
22/02/2013 12h14

Rigo Teles denuncia caos no setor de saúde pública de Barra do Corda
Foto original

 

O deputado Rigo Teles (PV) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na quinta-feira (21), para denunciar e pedir providências das autoridades competentes contra o caos que tomou conta do sistema de saúde pública de Barra do Corda e está provocando a morte de crianças por falta de médicos e equipamentos essenciais aos procedimentos mais elementares.   

 

O parlamentar lamentou que em menos de dois meses de gestão do prefeito Eric Costa (PSC) duas crianças morreram por falta de atendimento nos hospitais públicos de Barra do Corda. O deputado deixou claro que jamais denunciou atos administrativos de prefeitos, mas as mortes comoveram e revoltaram a população e chamaram atenção até da imprensa nacional.   

 

Rigo relatou que no domingo (17) estava em Barra do Corda e, por volta de 8h, foi surpreendido com os gritos do garoto Rafael Lira Viana, de 7 anos, seu vizinho no Bairro da Altamira, e filho de Redson Viana e Sâmia Lira Viana. O casal alegava que o filho estava com diarréia e vômito e sofrera com o problema durante a noite inteira.   

 

De acordo com Rigo, por volta das 6 horas, Sâmia Viana procurou atendimento para a criança no Hospital Municipal Edison Lobão, que fica a 200 metros de sua residência, mas lá não havia médico para proceder o atendimento. Então, Sâmia procurou um hospital particular, o Florêncio Brandes, onde o médico chegou logo, mas a criança já estava praticamente agonizando.

 

O médico tentou de todas as maneiras salvar a criança, mas não conseguiu localizar nenhuma veia, alegando que o hospital particular não tinha de cateter. Então, o médico pediu que a mãe da criança voltasse ao hospital municipal Edison Lobão para conseguir o cateter, que ele faria o que pudesse para salvar a vida do garoto Rafael.  O médico não conseguiu localizar a veia, porque a criança estava altamente desidratada, por causa da diarréia e vômito durante a noite.

 

Chegando ao hospital Edison Lobão, o médico olhou a criança, mas não deu atenção e pediu que encaminhassem o garoto ao hospital regional de Presidente Dutra, localizado acerca de 100 quilômetros de Barra do Corda. Os pais pegaram a ambulância e imediatamente transportaram a criança. A menos de 20 quilômetros, infelizmente Rafael chegou a óbito.

 

OUTRA VÍTIMA  

 

 No pronunciamento, Rigo Teles disse que é lamentável usar a tribuna para falar de um assunto tão delicado, mas foi triste se deparar com tal situação. Segundo ele, mais tristeza ainda foi o clamor e a revolta da população, quando chegou o corpo da criança para ser velado. O pai de Rafael se encontrava trabalhando em outro município distante de Barra do Corda.

 

 “A maioria do povo de Barra do Corda elegeu o prefeito Eric Costa, acreditando que nas promessas de que tudo iria melhorar. Há cerca 15 dias faleceu outra uma criança de 11 anos, depois de procurar o Hospital Materno Infantil no bairro do Incra, que negou o atendimento, alegando que não era um caso pediátrico e recomendaram o retorno ao Hospital Edison Lobão, onde não tinha médico para atendê-la. Ao retornar ao Hospital Materno Infantil, a criança faleceu”, lamenta o  deputado.  

 

Para Rigo, é inadimissível que em pleno século XXI uma criança saudável, que teria um futuro brilhante, morrer de diarréia e vômito por falta de médico. “Não estou torcendo para que o prefeito não faça uma má administração ou para a saúde piorar. Sou de Barra do Corda, tenho dois filhos que passaram 12 dias lá, antes e depois do carnaval. O que aconteceu com Rafael pode acontecer com um filho meu ou com um filho de qualquer cidadão do município de Barra do Corda”, disse.

 

 No final do pronunciamento, Rigo rebateu críticas ao ex-prefeito Manoel Mariano de Souza. Segundo ele, “Nenzim” deixou a rede de saúde pública de Barra do Corda funcionando em toda sua plenitude e atendendo a população. “Desafio o deputado Antônio Pereira, o prefeito Eric Costa e o secretário municipal de saúde a declinar os nomes e as especialidades dos médicos que hoje trabalham nos hospitais do município de Barra do Corda”, afirmou.       


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