Deputados discutem sobre terceirização da saúde no Maranhão

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Agência Assembleia
25/02/2013 21h10

 

Os deputados Hélio Soares (PP),  Eliziane Gama (PPS) e Marcelo Tavares (PSB) travaram um debate em plenário, na sessão desta segunda-feira (25), sobre a terceirização da saúde no Maranhão.

 

A deputada Eliziane Gama, preocupada com problemas denunciados por vereadores do município de Barra do Corda, sugeriu que a Assembleia Legislativa realize uma audiência pública para aprofundar o debate sobre a questão.

 

“A temática da terceirização é hoje muito grave em todo o Estado, e não somente em relação ao Governo Estado, mas também em relação à política dos municípios. A gente precisa lembrar que um dos princípios da saúde é que ela precisa ser plena e, portanto, pública de qualidade como preconizam os parâmetros do Sistema Único de Saúde”, declarou Eliziane Gama.

 

O deputado Hélio Soares discordou da deputada Eliziane Gama, dizendo que em alguns municípios os problemas estão ocorrendo em razão de a terceirização ter acontecido, em boa parte, com algumas famigeradas fundações e institutos.

 

“Mas aqui em São Luís as UPAs funcionam direitinho, há um acompanhamento melhor. Aliás, eu faço parte da Comissão de Saúde agora e nós vamos averiguar qual o prefeito que está com medo de enfrentar a realidade da saúde, que não é bicho de sete cabeças administrar o dinheiro com responsabilidade e com carinho, pois dessa maneira vai dar para atender e minimizar esse constrangimento de uma criança morrer por falta de atendimento, por falta de soro ou por falta de uma assistência adequada”, afirmou Hélio Soares.

 

O deputado Marcelo Tavares lembrou que o modelo de terceirização foi introduzido no Maranhão pela governadora Roseana Sarney. “Foi a governadora que, primeiro contratou a Fundação Josué Montello lá atrás nos idos de 90, e hoje a Saúde do Maranhão está entregue a OSIPs, que são Organizações Sociais e outras denominações”, assinalou Tavares.

 

Ele acrescentou que, somente no ano de 2012, o Governo do Maranhão pagou a duas entidades destas quase R$ 700 milhões. “Posso dizer: uma delas foi o Instituto de Cidadania e Natureza e a oura foi a Associação Bem Viver para a Região Tocantina ou alguma coisa assim. São R$ 700 milhões. Quase R$ 700 milhões”, ressaltou Marcelo Tavares.


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