Valorização da mulher na política cresceu na última década, revela pesquisa

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Agência Assembleia
08/03/2013 08h57

Valorização da mulher na política cresceu na última década, revela pesquisa
Foto original

 

No dia consagrado às mulheres, 8 de março (Dia Internacional da Mulher), uma boa notícia sobre o avanço do gênero feminino em um campo majoritariamente masculino: a política. Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, no período de 2001 a 2010, revelou o crescimento da participação e influência das mulheres nesta seara. Mais importante ainda, as estatísticas identificaram o aumento da confiança nas mulheres para ocupar cargos políticos, realidade constatada com base na opinião de homens e mulheres.

 

 

De acordo com a pesquisa, subiu de 59% para 78% a avaliação das mulheres de que elas “estão preparadas para governar” em qualquer instância de governo (municípios, estado e o país) – opinião que, em agosto de 2010, era partilhada por 76% dos homens.

 

 

Sobre o reconhecimento da importância da política, o índice entre as mulheres subiu de 70% para 80%. Ao mesmo tempo, cresceu de 38% para 52% o percentual de mulheres que consideram a política “muito importante”. Essas taxas são muito semelhantes às dos homens: 82% reconhecem a importância da política e 57% julgam-na “muito importante”.

 

Segundo a pesquisa, a percepção entre as mulheres de que a política tem influência sobre suas vidas pessoais subiu de 55% para 63%, ressaltando que 27% consideram que a política “influi muito”. Por outro lado, cresceu de 56% para 64% a sensação de que elas não têm influência sobre a política.

 

Entre os homens, 76% reconhecem hoje a importância da política em suas vidas, e, para 37% deles, a política “influi muito”. Com relação à influência do gênero masculino sobre a política, 54% acham que a recíproca não é verdadeira, ou seja, que eles não têm influência sobre os fatos políticos.

 

Com relação à concordância com a frase “a política seria bem melhor se tivessem mais mulheres em postos importantes”, os números oscilaram negativamente no mesmo período (de 2001 a 2010), de 75% para 70%. Entre os homens hoje a concordância cai para 49%.

 

 

Frente a uma lista contento características específicas - como gênero, religião, cor - os entrevistados foram indagados se votariam em alguém com tais atributos, a opção “uma candidata mulher” dividiu a liderança no ranking de “poderia votar” junto com “um negro ou uma negra”, ambos com taxa acima dos 90%, tanto entre entrevistados homens como entre mulheres.

 

ELEIÇÕES 2010

 

Em agosto de 2010, antes do início da campanha eleitoral presidencial na TV ou no rádio, uma em cada três eleitoras (34%) e um em cada cinco homens (20%) ainda não sabiam que Dilma Rousseff era a candidata do então presidente Lula. Mesmo assim, Dilma já vencia o adversário José Serra em todos os cenários.

 

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, Dilma ultrapassou Serra por 21% a 16% entre as mulheres. Entre os homens, a vantagem de Dilma foi maior ainda, de 33% a 18%. Na pesquisa estimulada para o 1º turno, entre as mulheres, Dilma obteve 35% das intenções de voto contra 30% de Serra e 13% para outra candidata, Marina Silva.  Entre os homens, o percentual de Dilma cresceu, sendo de 44% contra 29% de Serra e 9% de Marina. Na simulação de um 2º turno, a vitória de Dilma sobre Serra foi apontada com percentuais de 41% a 37% entre as mulheres e 48% a 33% entre os homens.

 

As principais razões de voto em Dilma, espontaneamente declaradas entre eleitores de ambos os sexos, referiam-se à continuidade do governo Lula e a seu apoio. Mas uma em cada cinco eleitoras (22%) declarava votar em Dilma por ela ser mulher; mesmo argumento de um em cada vinte homens (5%).

 

Com informações da Fundação Perseu Abramo

 


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