Audiência define ações de combate à criminalidade em Lago da Pedra

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Waldemar Ter / Agência Assembleia
15/03/2013 09h46

Audiência define ações de combate à criminalidade em Lago da Pedra
Foto original

 

O deputado Neto Evangelista (PSDB) considerou positivo o resultado da audiência pública realizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia, nesta quinta-feira (14), em Lago da Pedra, por solicitação do parlamentar a pedido da Câmara de Vereadores. Todos elogiaram a iniciativa e a preocupação com uma situação que aflige a população local.

 

A audiência, com grande participação popular e de autoridades locais, definiu ações para combater a violência e a criminalidade no município, com registro de assaltos e furtos no comércio, assassinatos e bandidos usando capacetes de motoqueiros para cometer crimes.

 

Um relatório será entregue ao secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Mendes. As autoridades disseram que só com a união de todos os poderes e segmentos da sociedade vai ser possível combater a onda de crimes.

 

O deputado Neto Evangelista disse que a audiência aconteceu por solicitação da Câmara e da prefeita Maura Jorge, que foi a Brasília em busca de recursos, e enviou o vice Laércio Arruda como seu represente.

 

PRIMEIRAS MEDIDAS

 

O parlamentar relatou que no começo da semana teve audiência com o secretário de Segurança, acompanhado de vereadores do município, que concordou em enviar duas motos e uma viatura, mas disse que ele ficou surpreso com as informações desatualizadas da criminalidade local e pediu que todos os casos de violência sejam relatados, para que outras medidas venham a ser tomadas pelo Sistema de Segurança.

 

“Foi uma audiência muito proveitosa: até outubro Lago da Pedra terá mais seis homens da Polícia Militar (PM) e estamos tentando chegar ao nono, mas ações judiciais atrasam a divulgação do resultado do concurso para 1500 novos policiais em todo Estado. Antes, na próxima semana, já vêm as duas motos e a viatura”, garantiu.

 

Neto Evangelista contou ainda que a secretaria vai intermediar, com a Prefeitura de Lago da Pedra, um sistema de videomonitoramento com dez câmeras, junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública.

 

Outra alternativa é fazer parceria do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), para que os agentes sejam treinados por uma equipe da PM que faz esse tipo de trabalho, para realizar policiamento ostensivo e Lago da Pedra “vai ter a paz que quer”. De pronto, o secretário de Segurança, segundo o deputado, determinou a renovação, por mais 30 dias, da presença de dois policiais civis que estão no município investigando crimes.

DEPOIMENTOS

 

Antes do parlamentar, várias autoridades falaram, a exemplo do vereador Eurico Filho, presidente em exercício da Câmara, que comunicou a presença de representantes da Comissão da Paz, com abaixo assinado, dizendo “Não à violência”.

 

O vereador Ananias Bezerra, presidente da Comissão de Segurança da Câmara e autor do requerimento para realização da audiência conjunta, disse que “nada se faz só, só com união dos poderes e população”. Outros vereadores, líderes comunitários, populares e estudantes pregaram na mesma linha.

 

JUIZ, PROMOTORA E POLICIAIS

 

O juiz do município, Alessandro Bandeira, outro que participou da audiência, elogiou a união dos poderes, mas disse que a cidade não tem mais lugar para colocar os presos, devido à superlotação da delegacia precária e do quartel da PM depredado.

 

Já Laís Pedrosa, promotora local, lamentou que há também alarmes de crimes falsos, que espalham ainda mais medo, e contou que uma das quadrilhas perigosas da cidade já está presa.

 

O vice-prefeito Laércio Arruda afirmou que o principal problema é que as leis são brandas, com o pagamento de pequenas fianças os bandidos são soltos e cometerão mais crimes. Propôs aumentar o contingente policial e a realização de campanha de desarmamento, além de informar que prefeita doou terreno para construir nova delegacia.

 

PARTICIPAÇÃO E DENÚNCIA

 

Nesse terreno, o delegado Edmar Gomes, chefe da regional e represente do secretário de Segurança, explicou que o Estado pretende fazer no terreno um complexo, com PM, polícia civil e pequena unidade prisional. “O nosso maior instrumento é a informação, desde a denúncia e a colaboração da sociedade, porque trabalhamos com dados e com base em informações colhidas”, garantiu, ao informar que a regional de Pedreiras cedeu mais uma viatura quando o delegado local precisar.

 

O major Honório, comandante da 10ª Companhia de PedreirasdaPM, assegurou que a polícia tem procurado fazer seu trabalho e em seis anos dobrou o efetivo, mas haveria “um alarde desnecessário” sobre crimes. “A população tem que registrar as ocorrências para que a PM atue. Além disso, precisamos de parcerias efetivas, iluminação pública, videomonitoramento e tudo começa pelo registro do delito”, defendeu.


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