A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Eliziane Gama (PPS) denunciou, na manhã desta quarta-feira (20), a paralisação das obras da Refinaria Premium, no município de Bacabeira.
“Uma certeza nós já temos, que até 2017 a refinaria não virá para o Maranhão. Precisamos de uma resposta verdadeira e, no mínimo, respeitosa para o Maranhão: se, pelo menos, ela virá depois”, enfatizou.
Na tribuna, Eliziane Gama cobrou informações detalhadas sobre o processo de instalação do empreendimento e informou que já solicitou audiência pública para tratar sobre o assunto. A deputada também fez referência à visita realizada pela comitiva de parlamentares ao local de instalação da Refinaria, na tarde desta terça-feira (19).
“Quero fazer o registro da nossa visita ontem ao que deveria ser o canteiro de obras de instalação da Refinaria na cidade de Bacabeira. O que ficou constatado é aquilo que a gente já sabia: que houve uma paralisação dos trabalhos”, comentou.
De acordo com a deputada, a população informou que os equipamentos dos alojamentos, como ar condicionado, armários e outros materiais foram doados e que 100 operários foram dispensados.
“Recentemente houve uma dispensa de mais 100 operários e hoje, no quadro atual, o número de profissionais é extremamente reduzido. Pelas informações, mais da metade dos profissionais que estavam ali no trabalho foram dispensados”, denunciou.
Ela também falou sobre a expectativa formada em Rosário e região em torno da instalação da Refinaria Premium e sobre a frustração dos investidores.
“Os pequenos empreendedores e investidores daquela cidade recorreram a bancos para fazer empréstimos, começaram a fazer pequenas construções ou novas construções, como hotéis e outros estabelecimentos”, disse.
Eliziane destacou que no Plano de Negócios da Petrobras divulgado esta semana há indicação de recursos para empreendimentos mais avançados, e que a Refinaria de Bacabeira não estaria incluída neste quesito.
A deputada também lembrou o Encontro Regional do PPS realizado em Rosário, no início do mês, em que houve a participação do Movimento Sindical em favor da instalação do empreendimento. Ela informou que a força sindical fará um ato público nesta quinta-feira (21) em frente ao Palácio dos Leões.
“Percebo que há uma grande exclusão e discriminação para com o nosso Estado. Fica aqui a nossa inquietação e o nosso registro sobre a manifestação que será feita em frente ao Palácio pelo movimento da força sindical”, finalizou.
