Servidoras participam de palestra motivacional sobre "síndrome do coração partido"

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Agência Assembleia
21/03/2013 09h52

Servidoras participam de palestra motivacional sobre "síndrome do coração partido"
Foto original

 

A Assembleia Legislativa, através da Subdiretoria de Saúde e Medicina Ocupacional e em parceria com o Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão (Gedema), realizou, na tarde desta quarta-feira (20), mais uma atividade destinada às servidoras da Casa. Desta vez, o convidado foi o Dr. Manoel Francisco, que ministrou uma palestra com o tema “Síndrome do Coração Partido”, de ocorrência muito rara, mas que acomete principalmente as mulheres de meia idade. A programação ainda é em relação à campanha Saúde da Mulher, que visa orientar e oferecer serviços ao público desta Casa.

 

Manoel Francisco mostrou que a síndrome trata-se de um envolvimento relacionado a coisas emocionais, pois existem pessoas que chegam a óbito porque as emoções são tão fortes que chegam a não suportar já que não são preparadas para isso. Daí a necessidade de confrontar a situação.

 

Os sintomas de um coração quebrado podem se manifestar por dor psicológica, mas para muitos o efeito é físico. Como, por exemplo, uma tensão percebida do tórax, semelhante a um ataque de ansiedade, perda de apetite e/ou dor de estômago, insônia parcial ou completa, raiva, choque, nostalgia, apatia (perda de interesse), sentimentos de solidão, sentimentos negativos e desespero, perda de auto-estima e/ou de amor próprio, doença médica ou psicológica (depressão), pensamentos suicidas (em casos extremos), náusea, negação e fadiga. “Todo mundo pode adoecer da síndrome independente da idade, da cor ou classe social”, disse Francisco.

 

O coração partido descreve a intensa dor psicológica que a pessoa sente depois de perder um amado, por morte, divórcio ou outros meios como terminar com alguém ou se separar devido à distância.

 

A síndrome atinge as mulheres que possuem mais de 55 anos de idade e pelo fato de terem sete vezes mais a possibilidade de sofrer uma doença cardíaca; o que leva a isso é a perda em geral, ou seja, a predominância da perda do ser amado. “Nos entregamos de uma forma ao amor, mas nem nos damos conta de que é passageiro e não sabemos que não existe nenhuma garantia por ele, além disso, não somos preparados para deixar de ter um grande amor”, falou Francisco.

 

TRATAMENTO

 

Por ser um trauma emocional subjetivo e não uma condição médica, o tratamento convencional não existe. Dependendo da natureza psicológica de um indivíduo e a severidade do trauma, o tempo para os sintomas desaparecerem naturalmente variará. Na maioria dos casos, os efeitos durarão por um período de alguns meses. Porém, há casos nos quais um tempo mais longo é exigido para recuperação. É dito que a única cura para um coração quebrado é tempo, verdadeiro amor ou aceitação da perda. Francisco ainda esclareceu que é possível amar quantas vezes se estiver só e quem não pensa assim entra em desespero e pode até cometer um suicídio.

 

É preciso que a mulher, quando possuir a Síndrome do Coração Partido, encontre algum suporte, seja uma religião, uma faculdade ou umesporte, “sempre alguém nos serve de suporte e não precisa entrar em desespero, pois a síndrome possui vários males e pode resultar em óbito”, garantiu.

 

Antes que o pior o aconteça, ele disse que a psicoterapia é o melhor caminho para esse quadro e o paciente deve buscar um consultório psicológico, visto que o remédio não é uma boa ideia e só é possível sair da síndrome enfrentando-a. “Nem sempre temos a força necessária e precisamos buscar ajuda”.

 

“Como a prevalência da Síndrome do Coração Partido é em razão das mulheres terem sete vezes mais probabilidades de sofrerem consequências emocionais, achei que seria interessante trazer o tema para discutir com elas. O controle do emocional é obtido pela psicoterapia, mas o modo de vida, o aconselhamento, a postura da vida dá referência para isso”, alertou Francisco.

 

PROGRAMAÇÃO CONTINUA

 

A programação irá continuar ao longo do mês tendo em vista que as mulheres ainda serão agraciadas com as palestras “Uso Racional de Medicamentos” e “Saúde Mental para Mulher”. O Subdiretor de Saúde e Medicina Ocupacional, José de Ribamar Araújo Filho, elogiou a programação e manifestou satisfação pelo fato de as mulheres comparecem aos eventos promovidos pela Assembleia. Ele disse também estar confiante com os trabalhos futuros que ainda serão realizados na Casa.


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