Braide defende regime de concessão para a Caema e participação dos trabalhadores

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Agência Assembleia
03/04/2013 14h55

Braide defende regime de concessão para a Caema e participação dos trabalhadores
Foto original

 

Intervindo, nesta quarta-feira (3), no debate em torno da privatização da Caema, o deputado Eduardo Braide (PMN) ocupou a tribuna para dar o seu testemunho como presidente que foi da empresa. Segundo Braide, sempre que há uma discussão sobre privatização da Caema são vários pais e mães de família que ficam em situação de insegurança, inclusive quanto a seu futuro junto àquela empresa.

 

Conforme o parlamentar, com o assunto vem imediatamente a ideia de outras privatizações que aconteceram e o que pode acontecer com seus empregos, como fica a situação de cada trabalhador. Para o deputado, independente da decisão que vá ser tomada, os trabalhadores não podem deixar de ser ouvidos. “É preciso que haja a participação deles na discussão dos rumos que a Caema está tomando”, enfatizou.

 

Sobre a privatização, o parlamentar usou o exemplo da Cemar, cuja oferta de serviços, no seu modo de ver, melhorou muito depois da privatização. Para ele, houve melhoria de serviços, mas existe um outro lado. O deputado tem recebido muitas reclamações de pessoas que não têm condições de pagar a conta de energia elétrica. Significa, conforme o parlamentar, que a privatização melhora os serviços, mas aumenta o custo operacional, uma vez que não há subvenção do poder público.

 

Braide relatou que, quando presidente da Caema, tentou implantar um sistema de parceria público-privada na qual o particular entra com o investimento e fica com uma parte de determinado setor. Deu os exemplos da Bahia, onde uma parceria desse tipo permitiu o saneamento de orla marítima de Salvador e de São Paulo, onde, através de uma parceria público-privada da Sabesp, foi possível conseguir o esgotamento sanitário da orla do município de Santos.

 

Defendendo o regime de concessão em lugar da privatização pura e simples, Braide insiste que os trabalhadores da Caema sejam ouvidos, que nenhuma decisão seja tomada sem a participação efetiva dos trabalhadores. “Eles vivem o dia a dia da empresa, eles que sabem, eles carregam nas costas a empresa há muito tempo”, reforçou. O deputado defende o regime de concessão “para que haja melhoria dos serviços sem que a empresa perca sua função social”.


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