AL promove palestra sobre o perigo do uso das drogas no Maiobão

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Agência Assembleia
15/04/2013 09h21

AL promove palestra sobre o perigo do uso das drogas no Maiobão
Foto original

 

O Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão (Gedema), por meio do programa “Sol Nascente”, promoveu na tarde de sábado (13), no Clube Social da Assembleia Legislativa, no Conjunto Maiobão, a palestra “Drogas, Buscando Solução”, proferida pela pastora da Igreja Batista do Bairro Angelim, Kate Rose.

  

Durante a palestra — que contou com exposições audiovisuais de situações constrangedoras envolvendo uso de drogas — cerca de 50 crianças e adolescentes receberem noções e alertas sobre o perigo que ronda o mundo das drogas, assim como as conseqüências nocivas do uso de substâncias tóxicas para o organismo.

 

O coordenador do programa “Sol Nascente”, Elvis Franco, adiantou que a próxima palestra sobre o perigo das drogas acontece em maio, com a participação dos pais das crianças, e será mais abrangente. “Acreditamos que o mais importante é prevenir. Sabemos que as drogas passam na porta das crianças toda hora”, disse.

 

Para Kate Rose, se não começarmos trabalhar a orientação e prevenção sobre o perigo do uso das drogas agora, sofreremos mais tarde. Kate entende que precisamos mudar o ambiente, a conduta e trabalhar valores e relacionamentos familiares. “Assim, protegeremos as crianças desse mal que assola nossa geração”, acredita.

 

INCLUSÃO SOCIAL

 

O programa “Sol Nascente” foi idealizado para incluir socialmente crianças e adolescentes por meio da arte, viabilizar a participação dos grupos nos grandes eventos culturais da cidade, como o Femaco e festivais de teatro e dança, construir cidadania no cotidiano da ação, e buscar a participação das famílias, lideranças comunitárias, sociedade e órgãos interessados. 

 

No programa – instalado na Associação da Assembléia Legislativa no Maiobão - são desenvolvias oficinas de Arte e Esporte, tais como: canto coral, dança, teatro, instrumentos de sopro, instrumentos de cordas (violino) e partidas de futebol e vôlei. O público alvo são 130 crianças na faixa etária dos 10 aos 16 anos, que se integram e descobrem uma nova e saudável realidade da vida.  

 

RESULTADOS POSITIVOS

 

O programa - criado em 2005 pela senhora Georgina Mousinho, esposa do ex-presidente da Assembleia, João Evangelista – já demonstrou que é possível incluir socialmente crianças e adolescentes e afastá-los do mundo das drogas. O exemplo são as meninas Angel Aquino, de 15 anos, e Camila Nina, de 11 anos.

 

Angel Aquino começou a aprender tocar violino quando o programa ainda funcionava no bairro da Ilhinha. “Aqui a vida é bonita e participativa. Drogas, nem pensar”, Comentou. Da mesma opinião compartilha Camila Nina, membro do Grupo de Dança. “Sei que as drogas são perigosas, mas o Programa nos afasta delas”, admite.       

 

COMBATE AO CRACK

 

A luta da Assembleia Legislativa para combater as drogas é antiga, e foi intensificada no começo de 2011, quando a Casa aprovou um projeto de lei do deputado Alexandre Almeida (P T do B), instituindo a Frente Parlamentar de Combate ao Crack e Outras Drogas no Maranhão.

 

Alexandre Almeida defende a produção, a partir da Assembleia Legislativa, de uma nova visão estratégica na compreensão e dimensão deste grande problema, e que se busque junto ao Estado e municípios, políticas públicas eficazes no combate desta droga no Maranhão. 

 

O parlamentar lamenta que a indústria das drogas aprimora os seus métodos a cada dia, o que vem contribuindo para o surgimento de novas drogas, a exemplo do crack, um subproduto da coca que está se tornando uma epidemia em todo o País. 

 

Segundo Alexandre, hoje o crack está presente em 98% das capitais brasileiras, sendo atualmente a droga mais consumida no Brasil, com cerca de 600 mil dependentes. “O crack consumido no Maranhão é produzido na Bolívia e chega a São Luís por via rodoviária”, revela.

 

De acordo com dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), 80% dos assassinatos em São Luís têm ligações com o consumo e o tráfico do crack. Segundo o Ciops,  em 2012, o volume de drogas apreendidas na Capital  aumentou mais de 600%, em relação a 2011.


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